Economia

Governo aprova investimento de 24 milhões de euros de consórcio liderado pela Altice Labs

Notícias de Coimbra com Lusa | 9 meses atrás em 01-08-2023

A minuta final do contrato de investimento a celebrar entre a AICEP e a Altice Labs, enquanto promotor líder de um projeto de 24 milhões de euros, foi hoje publicada em despacho, em Diário da República.

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O despacho n.º 7872/2023, de 01 de agosto, “aprova a minuta final do contrato de investimento e respetivos anexos, a celebrar pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal [AICEP], em representação do Estado português, a Altice Labs, enquanto promotor líder, e, na qualidade de copromotores, o Instituto de Telecomunicações, a Universidade de Coimbra e o Instituto Pedro Nunes – Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia”, lê-se no documento assinado pelo ministro da Economia e do Mar e pelo secretário de Estado da Internacionalização.

A Altice Labs, enquanto promotor líder, “e, na qualidade de copromotores, o Instituto de Telecomunicações, a Universidade de Coimbra e o Instituto Pedro Nunes – Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia, propõem-se realizar, em consórcio, um projeto de investimento ao abrigo do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico previsto no Regulamento Específico do Domínio da Competitividade e Internacionalização (RECI)”, refere o despacho.

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Este projeto pressupõe “um investimento total de, aproximadamente, 24 milhões de euros” e “visa a criação de um portfólio inovador de produtos e serviços, maioritariamente baseado em ‘cloud’ e tecnologias cognitivas, através de um significativo esforço de investigação e desenvolvimento alinhado em torno de quatro fortes vetores tecnológicos de transformação: redes 5G, continuum de computação Edge/Cloud, tecnologias e modelos de negócios ‘datadriven’ e Inteligência Artificial”.

A concretização do projeto vai permitir à Altice Labs “não apenas manter como também ampliar a sua quota de mercado nos mercados e geografias em que já está presente, assim como endereçar novos segmentos de negócio a nível mundial, com serviços inovadores no âmbito de IoT [Internet das Coisas] industrial (com base em 5G), IoT para aglomerados urbanos/cidades/municípios, e, simultaneamente, expandir para novos espaços de negócio no segmento dos serviços Big Data e de monetização de dados e analítica, e mercados digitais para algoritmia cognitiva e não cognitiva associada”, lê-se no despacho.

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“O ‘Power – Empowering a Digital Future’ contribuirá para o aumento do volume de despesas em I&DT [investigação e desenvolvimento tecnológico] do setor empresas ao implicar um volume de despesas em I&DT por parte da Altice Labs de cerca de 19,7 milhões de euros, podendo, numa fase posterior, implicar a realização de novos investimentos pelos copromotores ou até por outras empresas, como resultado de ‘spillovers’ de conhecimento originados”, refere o documento.

As despesas em I&DT feitas pela Altice Labs “representarão um valor equivalente a 25,8% do VAB [valor acrescentado bruto] da empresa em 2025 (ano pós-projeto), o que corresponde a uma intensidade tecnológica (peso das despesas em I&DT no VAB) bastante superior à média nacional, o que se traduz num contributo muito positivo para o aumento do volume de despesas em I&DT do setor empresas”.

Além disso, “o projeto contribuirá para o aumento das exportações nacionais de bens e serviços com alta intensidade tecnológica, uma vez que visa o desenvolvimento de um portefólio de soluções altamente atualizado, renovado e disruptivo a nível mundial, pelo que a sua conclusão com o sucesso ambicionado trará resultados muito positivos no que concerne ao aumento da capacidade exportadora da Altice Labs”.

É esperado que o projeto “se traduza num impacto bastante significativo no volume de vendas internacionais da empresa, permitindo que a mesma alcance um volume de negócios acumulado resultante do projeto superior a 585 milhões de euros entre 2024 e 2030, sendo que, desse montante, 380 milhões de euros resultarão de exportações”.

Para o afeito, serão criados pela Altice Labs “15 postos de trabalho altamente qualificados afetos a atividades de I&D do mesmo”.

Relativamente aos copromotores, a Universidade de Coimbra prevê a contratação de 17 bolseiros, correspondendo a 14 bolsas de investigação de grau de mestre, uma bolsa de pós-doutoramento e duas de licenciatura, o Instituto de Telecomunicações prevê a contratação de 21 bolseiros, correspondendo a 11 bolsas de investigação de grau de licenciado e 10 bolsas de grau de mestre, prevendo de igual modo a contratação de 10 investigadores auxiliares, três dos quais doutorados, adianta.

Já o Instituto Pedro Nunes – Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia IPN prevê a contratação de quatro bolseiros, correspondendo a duas bolsas de investigação de grau de licenciado e duas bolsas de grau de mestre, estando prevista ainda a contratação de um doutorado.

“O projeto contempla um programa de promoção e disseminação, quer a nível nacional, quer a nível internacional, de forma a capitalizar o trabalho desenvolvido e assegurar a divulgação dos resultados na dupla vertente técnico-comercial e científico-tecnológica”, sendo que “o conhecimento adquirido será valorizado através de publicações, apresentações em fóruns e conferências da especialidade e de referência para o setor, demonstrações em feiras de tecnologia e eventos especializados por cada linha de trabalho, bem como ações junto dos primeiros clientes-alvo, onde serão incluídas demonstrações dos produtos e serviços”.

O consórcio irá “delinear um plano de divulgação de resultados coeso e repartido entre os copromotores, de forma a assegurar a disseminação alargada dos resultados do projeto e do seu impacto a nível nacional e internacional”.

O despacho produz efeitos desde a data da sua assinatura.

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