Manuel Luís Goucha, apresentador de 70 anos, fez recentemente uma descoberta emocionante sobre a mãe, Maria de Lourdes, que faleceu há um ano e meio.
Enquanto folheava uma antiga agenda familiar, o comunicador encontrou um rascunho de carta escrito pela progenitora, no qual esta lhe tecia elogios que nunca lhe tinha pronunciado em vida.
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O documento, que remonta ao período do programa “Momentos de Glória”, há 32 anos, destacava a admiração da mãe pelo filho e por colegas do programa.
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“É incrível encontrar uma mãe que nunca verbalizou carinho, mas que escrevia afeto em cartas ou registos pessoais. Descobrir estas facetas da sua personalidade faz-me apreciá-la ainda mais”, confessou Goucha, visivelmente emocionado.
“A minha mãe nunca me disse que eu tinha jeito para apresentar programas de televisão, nunca me disse ‘filho, olha, tu tens muitos conhecimentos, és cultos’. Se bem que não acho nada disso, porque isto de aprender conhecimentos não é uma coisa encerrada, estarei sempre a aprender sobre muitas matérias até ao último dos meus dias”, acrescenta.
O apresentador recorda que “Momentos de Glória” não foi um período fácil da sua carreira. Apesar de ter contado com uma equipa talentosa, o programa acabou por ser um dos maiores fracassos profissionais de Goucha. Problemas técnicos, formatos megalómanos e a receção limitada do público contribuíram para a experiência frustrante.
“Havia momentos em que o sinal não chegava sequer a Coimbra, e eu sentia que falhava com quem me acompanhava”, explicou.
Além das dificuldades profissionais, o apresentador atravessava então uma fase pessoal delicada, no final de uma relação de 11 anos, que o levou a sofrer de depressão. Hoje, ao revisitar esses registos, Goucha encontra conforto e surpresa: ver a mãe a expressar admiração e carinho por ele, ainda que apenas por escrito, trouxe-lhe um misto de nostalgia e emoção, refere a TVGUIA.
Para Manuel Luís Goucha, a descoberta reforça a importância das pequenas memórias familiares. “É extraordinário perceber que, mesmo sem dizer, a minha mãe reconhecia o meu talento e me apoiava à sua maneira. Momentos assim tornam a saudade mais doce e a memória dela ainda mais viva”, concluiu.
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