Coimbra

Góis com orçamento de 13 Milhões de Euros

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 08-01-2019

 O orçamento do município de Góis para 2019 ronda os 13 milhões de euros, sem que haja alterações significativas do montante relativamente a 2018, disse hoje a presidente da Câmara Municipal.

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No entanto, 2018 e 2019 são anos em que o orçamento surge “excecionalmente elevado” devido à necessidade de concluir intervenções para recuperar infraestruturas e na área ambiental, ainda na sequência dos incêndios de 2017, adiantou Maria de Lurdes Castanheira à agência Lusa.

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Em média, nos anos anteriores, o valor dos orçamentos do município de Góis, no distrito de Coimbra, tem oscilado entre os 8,5 e os nove milhões de euros.

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“Há compromissos que transitaram de 2018” e a autarquia tem ainda “muitas dessas obras” a realizar este ano, sublinhou.

Segundo a autarca do PS, “o orçamento tem associado um considerável valor relativamente aos incêndios do ano de 2017”, que ascende a dois milhões de euros, com apoio do Estado, para recuperação de linhas de água, encostas e solos, entre outros recursos de natureza ambiental.

As chamadas “medidas de estabilização de emergência”, decretadas pelo Governo após os grandes incêndios de 2017, destinam-se a “evitar a degradação” de recursos naturais, como o solo e a água, minimizando a perda de biodiversidade e promovendo a recuperação de infraestruturas florestais, de acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O orçamento do município de Góis foi aprovado pelo executivo, em outubro de 2018, e depois pela Assembleia Municipal, em dezembro, nos dois casos por maioria.

Citada na ata da sessão da Câmara em que foram votados os documentos previsionais para 2019, Lurdes Castanheira defende que um eventual reforço da disponibilidade financeira no futuro seja por “razões que não se consubstanciem em calamidades”.

O alargamento da rede de saneamento básico deste concelho montanhoso é uma das apostas para este ano.

“Há ainda muitas aldeias que reclamam há décadas pelo saneamento”, enquanto o abastecimento de água já se encontra mais completo, disse Lurdes Castanheira à Lusa.

A autarquia planeia também efetuar “uma intervenção de fundo” no rio Ceira, cujas praias foram afetadas por enxurradas que, devido aos incêndios, arrastaram das encostas cinzas, terra, pedras e outros detritos.

Em 2018, por isso, “houve uma baixa na afluência de turistas”, lamentou, preconizando a necessidade de inverter esta situação.

Por outro lado, a Câmara de Góis vai avançar com “um plano de revitalização do comércio local, que vive dias muito difíceis”.

Com o mesmo objetivo, será apoiada a criação de uma associação empresarial no concelho.

Também a falta de acessibilidades e a desertificação, que não parou desde o século XX, merecem uma especial atenção da autarquia.

“Estamos há 30 anos à espera da requalificação da estrada nacional 342”, que liga Góis à A1, em Condeixa-a-Nova, passando por Lousã e Miranda do Corvo, realçou Lurdes Castanheira.

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