A APIN (Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior) vai investir cerca de 440 mil euros na eficiência hídrica do município de Góis, através de uma empreitada que deverá estar concluída no final do primeiro semestre de 2023.
“O investimento vai ser efetuado em equipamentos para monitorizar perdas de água no sistema de abastecimento, para que de futuro haja uma melhor eficiência hídrica, menos custos e um melhor serviço da empresa”, disse o presidente daquela Câmara do distrito de Coimbra, Rui Sampaio, na apresentação dos investimentos.
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A intervenção insere-se no Plano Estratégico de Controlo de Perdas do Sistema de Abastecimento de Água em curso, uma operação transversal a todo o território abrangido pela APIN no valor de quase cinco milhões de euros, comparticipada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), que deverá estar concluída até setembro do próximo ano.
A empreitada deve iniciar-se no prazo de um a dois meses.
Além destes investimentos, o presidente da Câmara de Góis salientou que foram já efetuadas intervenções de reabilitação da Estação de Águas Residuais de Vila Nova do Ceira, reabilitação do reservatório de Povorais e reabilitação de um troço da conduta adutora ao reservatório de Conhais, no sistema de abastecimento de Ponte de Sótão, no montante global de 40 mil euros.
Na cerimónia de hoje, o autarca alertou ainda para as necessidades “prementes” em saneamento básico nalgumas zonas do concelho, nomeadamente em Ponte de Sótão, uma obra de um milhão de euros, que não teve concorrentes no concurso público, mas que o município pretende executar no próximo ano.
No âmbito da empreitada do Plano Estratégico de Controlo de Perdas do Sistema de Abastecimento de Água, iniciada em abril deste ano, está prevista a substituição de condutas e aquisição de equipamentos de controlo, medição e telegestão para a antecipação de fugas de água.
“As obras iniciaram-se pela substituição de condutas nos locais onde já estava efetuada essa identificação de que as perdas eram maiores nos concelhos a sul do território da APIN e nos reservatórios onde existiam perdas significativas”, explicou o presidente do conselho de administração da empresa intermunicipal, João Miguel Henriques.
Segundo o dirigente, que preside também ao município de Vila Nova de Poiares, o último investimento da operação em curso será a colocação dos equipamentos digitais de monitorização.
Para o próximo quadro comunitário, previsto iniciar-se em 2023, a APIN pretende candidatar um conjunto de obras já identificadas que, “infelizmente, não foi possível concretizar no atual quadro comunitário devido a dificuldades nos concursos públicos”.
“Há um conjunto de obras ao nível da rede de saneamento, com grandes investimentos para executar nos municípios de Pampilhosa da Serra, Góis, Figueiró dos Vinhos, Vila Nova de Poiares, mas estamos também a efetuar projetos para os outros concelhos, para que as intervenções sejam as mais transversais possíveis”, sublinhou João Miguel Henriques.
A APIN é constituída por capitais públicos e integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande (distrito de Leiria) Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares (distrito de Coimbra).
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