Portugal
GNR que morreu em serviço questionava há nove anos: “Até quando esta impunidade sobre os bandidos?”
O cabo da GNR Pedro Manata e Silva, que morreu na noite de segunda-feira após a lancha que conduzia ter sido abalroada por uma embarcação de traficantes, tinha deixado há nove anos uma mensagem de indignação nas redes sociais, onde criticava a falta de meios e o sentimento de impunidade no combate ao crime.
A 11 de outubro de 2016, numa publicação no Facebook, o militar reagia com revolta aos crimes cometidos por Pedro Dias, o homem condenado a 25 anos de prisão pelo homicídio de um militar da GNR em Aguiar da Beira e por ferir outro agente.
Na altura, Pedro Manata e Silva questionava os governantes sobre “até quando esta falta de meios operacionais e de impunidade sobre os bandidos” iria continuar.
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Os camaradas, antes de disparar, têm que pensar nas consequências, na família e na falta de apoio dos governantes, e os bandidos disparam e depois pensam em como fugir e procurar um advogado que os safe da cadeia”, escreveu.
O cabo terminava o desabafo dizendo que a situação lhe causava “nojo e revolta”, sentimentos que, confessava, “ainda se tornam ódio, por ver homens e mulheres tombar e outros com todas as regalias”.
A publicação, agora partilhada novamente no Facebook, tem gerado grande comoção entre colegas e cidadãos, avança a CMTV.
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