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Gliding Barnacles: Figueira da Foz recebe festival dedicado ao mar (e tem novidades que prometem surpreender)

O Gliding Barnacles regressa à Figueira da Foz de 1 a 5 de outubro para a sua 12ª edição, depois de ter recebido mais de 35 mil pessoas na Praia do Cabedelo em 2024, naquela que foi a maior edição de sempre.
Este ano, o festival foge das multidões de setembro e volta a afirmar-se como muito mais do que um evento de surf, arte e música: é um movimento cultural com raízes na praia do Cabedelo, que resiste às mudanças da paisagem urbana e continua vivo através da comunidade que o visita.
Com a demolição do antigo espaço de concertos, o Gliding Barnacles estreia em 2025 um novo palco noturno, projetado para manter o espírito irreverente, improvisado e orgânico que sempre definiu o festival.
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Durante o dia, a Praia do Cabedelo transforma-se num espaço criativo, com concertos ao ar livre, performances artísticas, tatuagens, cortes de cabelo, e os já icónicos sofás no molhe, que voltam a pontuar a paisagem da Figueira da Foz.
Como sempre, o mar é o verdadeiro palco do Gliding Barnacles. O festival continua a afirmar o surf como forma de expressão artística, com sessões não competitivas que valorizam o estilo, criatividade e improviso dos surfistas convidados. Mais do que manobras, o que se celebra é o gesto – livre, individual, partilhado.
Uma das grandes novidades de 2025 é a inauguração do Museu GB, um espaço permanente dedicado à memória viva do festival.
“O museu é mais do que um arquivo; é uma homenagem àquilo que nos trouxe até aqui”, explica Eurico Gonçalves, fundador do Gliding Barnacles e presidente da Associação de Desenvolvimento + Surf.
A dimensão artística do festival continua a expandir-se com residências abertas, onde a comunidade pode interagir diretamente com os artistas. Haverá workshops dirigidos a crianças e adultos, intervenções em pintura mural, escultura, tecelagem e serigrafia, em colaboração com artistas nacionais e internacionais.
No sábado, dia 4 de outubro, pelas 21:00 o público poderá assistir à vernissage com apresentação dos trabalhos realizados ao longo do evento, num momento de celebração artística e partilha entre criadores e comunidade.
A programação musical mantém-se vibrante e eclética. Entre os nomes confirmados para os concertos noturnos estão Japanese Television, Manteau, Wipeout Beat, The Youths e Tuff Guac. Durante o dia, a praia volta a ser palco para concertos intimistas e improvisados, numa atmosfera descontraída onde o público e os artistas se misturam naturalmente.
Com curadoria de Paulo Amado (Manja Marvila), a residência gastronómica volta a surpreender, reunindo chefs consagrados e novas vozes da cozinha portuguesa, que apresentarão criações originais com base em produtos locais. Entre os nomes confirmados estão Joana Barrios, João Sá (Sála de João Sá, estrela Michelin), João Bívar (Shun Open Kitchen) e Mónica Gomes (Olaias).
O Gliding Barnacles é mais do que um festival – é uma comunidade em movimento, um manifesto artístico à beira-mar, que se reinventa sem perder a sua identidade.
“Este ano damos um passo importante ao reforçar a dimensão artística e ao criar um novo espaço para a música, sem perder a essência livre que nos define”, explica Beatriz Fonseca, uma das responsáveis pela organização do evento. “O Gliding Barnacles é mais do que um festival, é uma comunidade que se adapta à mudança e continua viva através das pessoas que dela fazem parte”.
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