Exposições

Galerias portuguesas satisfeitas na ARCOmadrid apesar de haver menos visitas

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 24-02-2022

Os responsáveis pelas galerias portuguesas presentes na ARCOmadrid até domingo estão satisfeitos com o quase regresso à normalidade da feira de arte contemporânea mais importante de Espanha, apesar de haver menos pessoas a visitar o certame.

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“Ainda não é a normalidade, não há muita gente, nomeadamente os colecionadores institucionais”, resumiu hoje a diretora executiva da galeria Cristina Guerra Contemporary Art, no segundo dia da ARCOmadrid, que encerra no domingo na capital espanhola.

Teresa Seabra espera que “a pouco e pouco” as pessoas venham em maior quantidade, nomeadamente quando abrir ao público em geral, no fim de semana, visto que os três primeiros dias são reservados a profissionais.

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A responsável pela galeria portuguesa considera “muito importante” estar presente no certame, tendo já vendido várias obras, mas não a grandes colecionadores institucionais que, segundo ela, ainda não apareceram.

“O nosso medo é que estas feiras se tornem regionais e não internacionais”, afirmou.

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Na sua edição de 2022, a ARCOmadrid terá um número de participantes ligeiramente inferior aos níveis pré-pandémicos, com um total de 185 galerias vindas de 30 países (em 2020 havia 210 galerias), das quais 17 são portuguesas.

A Rainha Letizia inaugurou hoje a ARCOmadrid durante uma visita na qual percorreu uma dúzia de galerias consideradas mais representativas, entre elas encontrava-se precisamente a galeria Cristina Guerra.

Esta visita, que marca a inauguração oficial da feira, estava inicialmente marcada para ter a presença do rei Felipe VI e da rainha Letizia, mas, devido ao ataque noturno da Rússia à Ucrânia, o chefe de Estado não pôde comparecer.

À chegada à galeria portuguesa, a Rainha tinha também a recebê-la, entre outros, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e o embaixador de Portugal em Espanha, João Mira Gomes.

Em declarações à imprensa, depois da visita, Moedas destacou a “relação muito forte” que a feira tem com a capital portuguesa, nomeadamente com a organização da ARCOlisboa, a feira mais importante de arte contemporânea que tem lugar em Portugal.

“Nós dizemos sempre que o nosso projeto para Lisboa está centrado na Cultura” e estando aqui também queremos “dar esse sinal político”, de que a “Cultura esteja no centro de tudo o que fazemos”, destacou o autarca.

O presidente da Câmara de Lisboa visitou em seguida a feira com paragens demoradas nas galerias portuguesas, cujos responsáveis também confirmaram o seu otimismo no retomar da sua atividade comercial, depois da pandemia.

“Estou otimista com esta retoma das feiras presenciais”, disse Bruno Múrias, diretor da galeria com o mesmo nome, manifestando a sua satisfação, apesar de haver poucos colecionadores institucionais (museus) e da América do Sul, “muito importantes para a feira”.

O presidente da Associação Lusa de Galeristas e diretor da galeria 3+1 Arte Contemporânea, Jorge Viegas, também concordou que “a retoma está a acontecer” e congratulou-se por Madrid acolher “muito bem os galeristas portugueses”.

Entre as 185 galerias do programa geral há 14 portuguesas: 3+1 Arte Contemporânea, Balcony, Bruno Múrias, Carlos Carvalho, Cristina Guerra Contemporary Art, Filomena Soares, Francisco Fino, Madragoa, Miguel Nabinho, MONITOR, Pedro Cera e Vera Cortês, todas de Lisboa, e ainda a Kubikgallery e a Lehmann + Silva, do Porto.

A secção “Opening by Allianz”, um espaço dedicado às galerias jovens, até sete anos de idade, cuja seleção foi feita por Övül Durmuşoğlu, e Julia Morandeira, inclui as galerias portuguesas Duarte Sequeira, de Braga, e as Foco e UMA LULIK__, de Lisboa, que foram convidadas para estar presentes neste espaço, ao lado de outras 13 galerias.

Há também uma secção comemorativa do aniversário da feira, ARCO 40 (+1), com uma seleção de “grandes nomes do ‘galerismo’ internacional”, que estiveram presentes na ARCOmadrid ao longo da sua história.

A ARCOmadrid realiza-se tradicionalmente em fevereiro, tendo, no entanto, sido obrigada a fazer uma edição especial no ano passado em julho e adiar o seu 40.º aniversário, que este ano está a celebrar com a denominação “40+1”, devido às medidas em vigor de luta contra a pandemia de covid-19.

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