Saúde

Fungo mortal espalha-se rapidamente pelos hospitais

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 hora atrás em 25-09-2025

Imagem: DR

O fungo Candidozyma auris tem vindo a expandir-se rapidamente pela Europa e já foi detetado em mais de 40 países em todo o mundo, incluindo o Reino Unido, onde os casos aumentaram nos últimos meses. Este fungo representa um risco crescente, sobretudo em ambientes hospitalares.

Segundo o Mirror, o aumento de casos no Reino Unido é evidente: entre novembro de 2024 e abril de 2025 foram registados 134 casos, um crescimento de 23% em relação aos seis meses anteriores. O fungo, identificado pela primeira vez no Japão em 2009, tem agora presença em quase todos os continentes.

Embora possa causar apenas problemas leves em pessoas saudáveis, o Candidozyma auris pode ser fatal para doentes com o sistema imunitário comprometido, especialmente se atingir a corrente sanguínea ou órgãos vitais. Dados indicam que entre 30% e 60% das pessoas com infeções graves acabam por morrer.

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O fungo é particularmente preocupante devido à sua resiliência: consegue sobreviver em superfícies por longos períodos, inclusive em hospitais, e apresenta resistência a tratamentos médicos de primeira linha e a alguns desinfetantes. A transmissão ocorre principalmente através do contato com superfícies ou equipamentos contaminados, ou pelo contato direto com pessoas infetadas, mesmo sem sintomas.

Para prevenir infeções, recomenda-se a higiene rigorosa das mãos, a identificação de doentes infetados, a limpeza adequada de ambientes hospitalares e o uso de equipamentos descartáveis.

Em Portugal, os casos são raros. Entre 2013 e 2023, foram registados apenas quatro casos, comparativamente com 1.807 em Espanha e 852 na Grécia. Contudo, na União Europeia e no Espaço Económico Europeu, foram contabilizados mais de 4.000 casos, incluindo um aumento significativo em 2023, com 1.346 casos em 18 países.

O Candidozyma auris é, assim, uma preocupação global crescente, exigindo atenção especial nos hospitais e cuidados de saúde, para prevenir a sua propagação e reduzir o risco de infeções graves.

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