Coimbra

Fundo Ambiental disponibiliza 1,6 milhões para evitar calor em espaços verdes

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 16-07-2018

O Fundo Ambiental disponibiliza 1,6 milhões de euros para 11 projetos de adaptação às alterações climáticas, em vários concelhos, apostando em espaços verdes urbanos para sombreamento contra calor ou na gestão de combustíveis nas estradas municipais.

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Três dos projetos selecionados, entre 31 candidaturas, vão receber 200 mil euros cada um. É o caso das propostas dos municípios de Viana do Castelo, de Gavião – no distrito de Portalegre, e de Cascais, segundo dados do Ministério do Ambiente.

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Em Gavião, vão ser organizados espaços verdes no sítio “Tapada da Senhora”, para obter zonas de sombreamento que permitam regular a temperatura ambiente e contrariar o efeito de ‘ilha de calor’.

A candidatura de Viana do Castelo contempla dois projetos de prevenção e gestão de risco de incêndio associado ao clima e vão apostar na gestão de combustíveis nas faixas de proteção à rede viária municipal e nas zonas industriais de Neiva e Lanheses.

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A proposta de Cascais tem como objetivo aumentar a resiliência às alterações climáticas através da renaturalização de uma horta comunitária de modo a reduzir o consumo de água e de outros recursos naturais, mas também reduzir o calor, em meio urbano.

Os contratos de financiamento, que serão assinados hoje numa cerimónia no Barreiro, com a presença do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, representam um total de investimento de 2,1 milhões de euros, para apoios de 1,6 milhões de euros.

O aviso do Fundo Ambiental, lançado em fevereiro, destinou-se a municípios ou associações de municípios com candidaturas de redução de risco de incêndio, de criação de espaços verdes e de soluções de regulação da temperatura ambiente em espaços urbanos.

Além daquelas três candidaturas, o concelho de Viseu vai receber 175,6 mil euros para diminuir as superfícies relvadas no município, reduzindo o gasto de água em regas e aumentando a sustentabilidade dos espaços, ao promover soluções que resultem num decréscimo do impacto da circulação rodoviária. Viseu prevê que a adaptação do sistema de rega consiga uma redução de cerca de 80% no consumo de água.

Para a comunidade intermunicipal da região de Coimbra, o Fundo Ambiental destinou cerca de 170 mil euros para dar a espaços públicos condições adequadas a enfrentar períodos de calor extremo, criando locais de abrigo, com sistemas de refrigeração alimentados a painéis solares.

Um plano de arborização do ‘Monte do Picoto’, com a plantação de espécies autóctones e capazes de captar carbono, transformando a área “num pequeno pulmão” de Braga obteve resposta positiva do Fundo Ambiental e terá 166 mil euros de apoio.

Para o Barreiro vão 159,3 mil euros para promover a arborização e requalificação do eixo urbano e para obter sombreamento e corredores de ventilação.

Os 121 mil euros atribuídos ao município de Amarante destinam-se à requalificação de 18 espaços verdes com substituição de áreas relvadas por plantas arbustivas e herbáceas com pouca necessidade de água.

O projeto apresentado pelo município de Montalegre, no distrito de Vila Real, tem um financiamento de 93,8 mil euros para gestão de povoamentos com recurso a técnicas que não impliquem mobilização do solo e promovam a proteção e conservação do solo e da água, e o município de S. João da Pesqueira, no distrito de Viseu, conseguiu apoio de 88 mil euros para enfrentar as ondas de calor.

Castelo Branco propôs rearborizar com espécies autóctones 56,31 hectares na Serra na Gardunha, zona atingida por um incêndio, em agosto de 2017, e vai receber 44 mil euros. Algumas destas áreas situam-se na Rede Natura 2000 e outras estão inseridas na Paisagem Protegida da Serra da Gardunha.

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