Trinta e três anos após a sua morte, uma revelação inesperada vem lançar nova luz sobre a vida privada de Freddie Mercury.
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O lendário vocalista dos Queen terá tido uma filha secreta, com quem manteve uma relação próxima e afetuosa até aos últimos dias de vida. A história é contada na nova biografia “Love, Freddie: Freddie Mercury’s Secret Life and Love”, da autora britânica Lesley-Ann Jones.
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Segundo o livro, Mercury tornou-se pai em 1976, na sequência de uma relação com a esposa de um dos seus amigos mais próximos. A filha, identificada apenas como B, hoje com 48 anos e a trabalhar na área da saúde na Europa, manteve-se fora do olhar público durante décadas, respeitando o segredo que apenas o círculo íntimo do artista conhecia.
A biografia baseia-se num conjunto de 17 diários pessoais escritos por Mercury ao longo de 15 anos, os quais terá entregue à filha pouco antes da sua morte, em 1991. “Freddie Mercury foi e é o meu pai. Tivemos uma relação muito próxima e amorosa desde o momento em que nasci”, revela B numa das cartas incluídas no livro. “Ele adorava-me e era-me devotado. Estimava-me como uma posse preciosa.”
Os diários, iniciados em junho de 1976 — apenas dois dias depois do lançamento do single “You’re My Best Friend” —, oferecem um retrato íntimo de Mercury, desde a sua infância em Zanzibar até à sua vida no Reino Unido e carreira meteórica. A última entrada foi escrita a 31 de julho de 1991, meses antes da sua morte, aos 45 anos, vítima de uma pneumonia causada pela SIDA.
B decidiu agora partilhar os diários com a autora da biografia, justificando: “Depois de mais de três décadas de mentiras, especulação e distorção, é hora de deixar Freddie falar”, pode ler-se no The Guardian.
A biógrafa Lesley-Ann Jones, conhecida por outras obras sobre o universo rock, garante que validou cuidadosamente a história ao longo dos últimos três anos e meio. “A autenticidade é inegável. Esta mulher não tinha nada a ganhar com esta exposição e nunca me pediu fosse o que fosse”, afirmou.
A revelação promete reescrever parte da narrativa sobre a vida do vocalista dos Queen, mostrando uma faceta mais reservada e paternal de uma das figuras mais icónicas da música do século XX.
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