A nova variante do SARS-CoV-2, conhecida cientificamente como XFG ou Stratus e apelidada pela comunicação social de “Frankenstein”, é atualmente a predominante na Europa e já representa uma preocupação nos meios de saúde, apesar de ser classificada como variante de baixo risco.
Nos últimos dias, têm surgido relatos de que a XFG provoca uma dor de garganta intensa, descrita por alguns doentes como se estivessem a engolir lâminas de barbear. O sintoma, apelidado de “garganta de lâmina”, tem sido amplamente noticiado, mas médicos alertam que não há provas de que esta dor de garganta seja exclusiva desta variante. Sintomas como rouquidão e desconforto na garganta também ocorrem com outras infeções respiratórias.
A XFG é uma recombinação de duas linhagens anteriores do vírus, a LF.7 e a LP.8.1.2, sendo comparada ao monstro de Frankenstein por combinar partes de diferentes vírus, à semelhança do monstro literário. O termo foi inicialmente usado em 2021 pelo virologista sul-africano Alex Sigal e posteriormente popularizado por meios de comunicação europeus, pode ler-se na EuroNews.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a XFG como uma Variante sob Monitorização (VUM) em maio de 2025. Desde então, a variante espalhou-se rapidamente na China e na Europa, representando já mais de 70% das amostras analisadas na Alemanha entre 22 e 28 de setembro de 2025, segundo o Instituto Robert Koch (RKI).
Apesar da rápida disseminação da XFG, os novos casos de Covid-19 mantêm-se muito abaixo dos níveis de anos anteriores. Entre 6 e 12 de outubro de 2025, foram confirmados cerca de 6.440 casos na Alemanha, quase metade do registado no mesmo período de 2024.
Segundo a OMS e o Instituto Robert Koch, não há evidências de que a variante Frankenstein seja mais perigosa ou letal. Os sintomas podem variar, e a dor de garganta intensa não deve ser considerada um indicador exclusivo de infeção pela XFG.
Especialistas recomendam que as pessoas continuem a manter cuidados básicos de higiene respiratória, vacinarem-se quando aplicável e procurem assistência médica caso desenvolvam sintomas graves ou persistentes.
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