O helicóptero da Força Aérea que saiu do Montijo levou 02:15 para transportar um doente com traumatismo craniano entre Castelo Branco e Coimbra, afirmou hoje o Ministério da Defesa, rejeitando que a operação tivesse demorado vários horas.
“Desde que o helicóptero descolou do Montijo até que entregou o doente em Coimbra decorreram 02:15, com tempo de espera do doente incluído”, adiantou o ministério em comunicado.
O esclarecimento do Ministério da Defesa Nacional considerou ainda ser “falsa” a informação de que o transporte do doente de 49 anos, que sofreu um traumatismo craniano, do Hospital da Covilhã para os Hospitais da Universidade de Coimbra tivesse levado mais de cinco horas.
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Segundo refere, a partir do momento em que foi confirmado que o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) “iria avançar com a missão para embarque de um doente no aeródromo de Castelo Branco e entrega no aeródromo de Coimbra, um helicóptero da Força Aérea Portuguesa, EH-101, descolou do Montijo às 22:05 e aterrou em Castelo Branco às 23:20”.
“Desligou motores pois esteve ainda à espera do doente”, adiantou ainda o ministério de Nuno Melo, ao avançar que a aeronave “descolou de Castelo Branco às 23:40 e aterrou em Coimbra às 00:20, hora a que entregou o doente”.
Os EH-101 são helicópteros com uma dimensão superior aos do INEM, com quase 20 metros de cumprimento e 18 de envergadura, com capacidade para transportar 30 passageiros ou 16 macas com um raio de ação de 740 quilómetros, sendo utilizados pela Força Aérea em operações de transporte aéreo, busca e salvamento e vigilância e reconhecimento.
Desde o passado dia 01 que a Força Aérea assegura o transporte de emergência médica com quatro helicópteros, anunciados para operar 24 horas por dia, uma solução transitória até que a empresa que ganhou o concurso para esse serviço, a Gulf Med, tenha os meios suficientes.
Além destas quatro aeronaves da Força Aérea, a Gulf Med assegura, através de um ajuste direto até o contrato entrar em vigor, dois helicópteros Airbus, que ficam nas bases de Macedo de Cavaleiros e de Loulé, mas que apenas operarão no período durante o dia.
O contrato entre o INEM e a Gulf Med, com sede em Malta e que tem uma sucursal em Portugal, foi adjudicado em março, prevendo quatro helicópteros médios para operar entre as 00:00 de 01 de julho e as 23:59 de 30 de junho de 2030.
Com um valor de cerca de 77,5 milhões de euros, o contrato prevê que as aeronaves e as respetivas tripulações estejam em situação de disponibilidade permanente e imediata (estado de alerta) para voos durante 24 horas por dias, sete dias por semana.
A Lusa questionou, desde 30 de junho, a Força Aérea sobre que tipo de helicópteros estariam envolvidos no transporte de emergência médica e se estavam capacitados para operar nos heliportos dos hospitais, mas não obteve resposta.
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