Saúde

Foi descoberto um “sétimo sentido” nos humanos

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 45 minutos atrás em 13-11-2025

Um novo estudo internacional revelou que os seres humanos podem possuir um sentido até agora desconhecido, apelidado de “tato remoto”, que permite localizar objetos enterrados em areia sem contacto físico direto.

A descoberta, publicada na IEEE Xplore e apresentada na Conferência Internacional IEEE sobre Desenvolvimento e Aprendizagem (ICDL) 2025, promete mudar a forma como compreendemos a perceção sensorial.

Liderado pela professora Elisabetta Versace, do Laboratório Prepared Minds, o estudo demonstrou que voluntários conseguiam localizar objetos escondidos na areia utilizando apenas a ponta dos dedos, com uma taxa de sucesso surpreendente de 70%, mesmo quando os objetos estavam a até sete centímetros de distância. Este fenómeno parece depender de mínimas perturbações mecânicas na areia, sugerindo que o toque humano é mais sensível e complexo do que se pensava.

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O “tato remoto” já tinha sido observado em algumas espécies de aves, que detetam presas enterradas através de subtis sinais de pressão e vibração. No caso dos humanos, o fenómeno ainda desafia a compreensão teórica: segundo os modelos, os sinais táteis dissipam-se em apenas um milímetro, mas os participantes detetaram objetos muito mais distantes, pode ler-se no ZAP.

As aplicações práticas desta descoberta são amplas: desde arqueologia e exploração planetária até robótica e tecnologias assistivas. Experiências preliminares com sensores robóticos táteis, equipados com algoritmos de Memória de Longo Prazo (LSTM) baseados em IA, revelaram que os robôs conseguiram localizar objetos a distâncias ligeiramente maiores que os humanos, embora com uma precisão menor (40%).

Segundo Zhengqi Chen, investigador de doutoramento no Laboratório de Robótica Avançada, “ser capaz de detetar objetos enterrados ou escondidos sem contacto direto pode tornar a exploração de ambientes frágeis ou perigosos muito mais segura”.

A descoberta do “tato remoto” humano abre portas a novas tecnologias de perceção e pode, futuramente, permitir que robôs e humanos operem com maior precisão em locais inacessíveis ou delicados, transformando a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor.

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