A primeira terapia celular avançada baseada em células estaminais do sangue do cordão umbilical acaba de receber autorização condicional de comercialização atribuída pela EMA (Agência Europeia para o Medicamento).
Esta aprovação significa um avanço muito importante na área da terapia celular baseada em células estaminais do sangue do cordão umbilical, capaz de revolucionar o setor da criopreservação.
A terapia recentemente aprovada pela EMA oferece uma nova esperança para adultos com cancros do sangue que precisam de um transplante de células estaminais, mas não têm um dador compatível. O medicamento, ao multiplicar o número de células estaminais presentes numa mesma unidade de sangue do cordão umbilical, pode reduzir a espera e ampliar o acesso ao transplante para aqueles que precisam urgentemente dele.
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“A aprovação do primeiro medicamento avançado baseado em sangue do cordão umbilical representa um marco histórico para a área da transplantação e vem reforçar o enorme potencial das células estaminais do sangue do cordão umbilical criopreservado. É também um sinal claro de que o investimento contínuo na criopreservação tem um valor real e transformador, abrindo novas opções de tratamento a quem antes não as tinha. Na Crioestaminal, orgulhamo-nos de fazer parte desta jornada e de continuar a garantir o acesso a um recurso com potencial cada vez mais relevante para a saúde”, afirma Mónica Brito, CEO da Crioestaminal.
O sangue do cordão umbilical tem vantagens únicas: pode ser armazenado, é rapidamente acessível, tem menor potencial para causar rejeição do transplante. Tem uma limitação associada ao número de células disponíveis numa unidade de sangue criopreservado, que pode não ser suficiente para tratar doentes adultos.
Graças à tecnologia de expansão UM171 desenvolvida pela Cordex Biologics, os médicos dispõem agora da possibilidade de gerar mais células estaminais a partir de uma única unidade de sangue do cordão umbilical, suprindo as necessidades individuais de cada doente, ampliando as opções de tratamento para doentes que antes não tinham nenhuma por não ser possível encontrar um dador compatível a tempo.
A decisão da Comissão Europeia aplica-se a todos os Estados-Membros da UE, além da Islândia, Noruega e Liechtenstein. A sua implementação efetiva dependerá das decisões nacionais de comparticipação do medicamento.
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