Os quatro incêndios que mais preocupações levantam às autoridades estão a mobilizar dois terços dos meios no terreno a nível nacional, com o de Arganil a ser o que tem mais operacionais e viaturas,segundo a Proteção Civil.
De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo de Arganil (Coimbra) tem uma situação “ainda muito desfavorável”, com várias frentes ativas, “pelo menos seis setores de trabalho” e ainda não existem muitas áreas consolidadas. Este fogo está “ainda muito longe de ser dominado”.
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Este incêndio, pelas 09:40, mobilizava mais de 900 bombeiros, apoiados por 301 viaturas e cinco meios aéreos.
Além do fogo de Arganil, os outros três que levantam maiores preocupações são os de Sátão e Cinfães (Viseu) e o de Trancoso (Guarda), sendo que este último é o que tem uma situação “menos desfavorável”, segundo a proteção civil.
A ANEPC explicou que o incêndio de Trancoso tem já “grandes áreas em resolução”, “com trabalhos de rescaldo e consolidação e outros de vigilância”.
Este fogo estava pelas 09:40 a ser combatido por 460 operacionais, apoiados por 146 viaturas e dois meios aéreos.
Também numa situação ainda desfavorável está o incêndio no concelho de Sátão, em Viseu, que apesar de também ter algumas áreas já em rescaldo, tem setores que “ainda estão em trabalhos e outros onde o incêndio se desenvolve ainda com intensidade”.
No local, pelas 09:40, estavam 447 bombeiros, apoiados por 142 viaturas e quatro meios aéreos.
Já o incêndio de Cinfães, tem ainda duas frentes ativas “a arder com média intensidade” e com “algumas aldeias a serem afetadas”.
Segundo a proteção civil, trata-se de uma área com difíceis acessos aos meios terrestres.
No local estão 111 operacionais, apoiados por 29 viaturas e três meios aéreos.
Questionada sobre se havia aldeias em risco de serem evacuadas, a mesma fonte sublinhou que estes incêndios “são extremamente dinâmicos” e que a situação pode alterar-se a qualquer momento, acrescentando não tem informação detalhada e rigorosa no momento e remetendo para os postos de comando locais.
“Nas áreas onde existem aldeias envolventes a estes incêndios, há sempre a possibilidade [de evacuação] e, no posto de comando, é sempre avaliada a possibilidade de, preventivamente, fazerem evacuações ou deslocamento destas pessoas”, afirmou.
No total, estão no terreno a combater os incêndios em Portugal continental 2.940 operacionais, apoiados por 940 viaturas e 17 meios aéreos.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde 02 de agosto e este ano já arderam 63.247 hectares de espaços florestais, metade dos quais nas últimas três semanas, e deflagraram 5.963 incêndios, sendo a maioria nas regiões do Norte e Centro.
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