O incêndio que deflagrou esta manhã, 10 de outubro, por volta das 9:00, na zona de Seixo da Beira, no concelho de Oliveira do Hospital, foi dado como dominado cerca das 13:00, após um combate intenso que envolveu centenas de operacionais e meios aéreos e terrestres.
O Notícias de Coimbra esteve no posto de comando montado em Ervedal da Beira, onde ouviu o Comandante dos Bombeiros de Lagares da Beira, que liderou parte das operações no terreno. “Foi um ataque bem musculado, quer em termos humanos, quer de meios terrestres e também aéreos. Isso valeu muito e ajudou-nos a combater o incêndio até mais rápido do que esperávamos”, explicou o comandante.
Segundo o responsável, o incêndio foi alimentado pelo vento forte e pela orografia acidentada do terreno, o que dificultou o trabalho das equipas no terreno. “Foi um incêndio de vento, com acessos muito difíceis. Felizmente correu muito, muito bem”, afirmou.
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Durante o pico das operações, estiveram envolvidos cerca de 250 bombeiros, apoiados por 60 veículos e oito meios aéreos, entre aviões e helicópteros.
“No maior número de ataque aéreo tivemos oito meios aéreos — seis de asa fixa e dois de asa rotativa —, mais um de coordenação. A ajuda deles foi essencial”, referiu o comandante.
O fogo, que teve início junto à chamada “estrada do Moinho do Buraco”, em Seixo da Beira, propagou-se rapidamente até a outra freguesia, devido à força do vento.
Apesar de o incêndio estar dominado, mantêm-se diversos pontos quentes. “Temos um trabalho muito forte pela frente durante a tarde, porque precisamos de fechar todos os pontos quentes. O vento vai rodar e pode desfavorecer-nos no flanco esquerdo, na encosta do rio Ceia”, alertou o comandante.
Durante a tarde, cerca de 180 operacionais permanecem no terreno, apoiados por um helicóptero pesado e um ligeiro, para garantir o rescaldo e vigilância da área afetada.
“Vamos molhar toda a zona até à noite. Se tudo correr bem, ao final do dia ficará apenas vigilância por parte dos bombeiros de Lagares”, concluiu o comandante.
O incêndio mobilizou corporações de várias localidades da região centro, incluindo Pampilhosa, Montemor-o-Velho, Serpins, Lousã e Soure, num exemplo de cooperação e prontidão que permitiu evitar danos humanos e proteger as povoações próximas.
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