Uma nova pílula contracetiva para homens acaba de superar com sucesso o primeiro teste de segurança em humanos, representando um avanço importante na contracepção masculina.
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Os resultados do ensaio clínico, publicados esta terça-feira na revista Communications Medicine, indicam que o medicamento pode bloquear a produção de esperma sem provocar efeitos secundários graves.
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O estudo envolveu 16 homens, com idades entre 32 e 59 anos, todos previamente submetidos a vasectomia. O objetivo foi avaliar se a pílula, denominada YCT-529, atingia níveis adequados no organismo e se causava efeitos colaterais relacionados com o ritmo cardíaco, função hormonal, inflamação, humor ou sexualidade. Em todas as doses testadas, não foram observados efeitos adversos significativos.
O medicamento funciona bloqueando a atividade do “recetor alfa do ácido retinóico”, uma proteína essencial na formação e maturação dos espermatozoides. Normalmente, essa proteína é ativada pela vitamina A, mas a pílula impede essa ativação, interrompendo a produção de esperma. Em testes pré-clínicos com ratos e primatas, a pílula mostrou eficácia de 99% na prevenção da gravidez e foi reversível após a interrupção do uso.
Atualmente, os homens dispõem apenas de preservativos e vasectomia para controlo da natalidade. A nova pílula poderá ser o primeiro medicamento eficaz e seguro da sua classe, oferecendo uma alternativa menos invasiva e potencialmente reversível.
Os próximos passos incluem ensaios maiores que avaliarão tanto a segurança quanto a eficácia da pílula em grupos mais amplos, para confirmar esses resultados promissores.
Este avanço abre caminho para uma nova era na contracepção masculina, ampliando as opções de controle da fertilidade para além das técnicas tradicionais.
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