O popular sistema start-stop, que desliga automaticamente o motor do automóvel quando o carro está parado, poderá estar prestes a desaparecer nos Estados Unidos. A polémica surge após declarações do novo diretor da Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA), Lee Zeldin, nomeado pela administração Trump, que criticou esta tecnologia e deixou no ar a possibilidade de a proibir.
Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), Zeldin afirmou que o sistema “morre em cada semáforo só para os fabricantes ganharem um troféu simbólico pelo clima”, revelando um desagrado claro face à função que, para muitos, é uma das grandes conquistas ambientais da indústria automóvel recente.
O start-stop reduz o consumo de combustível e as emissões poluentes ao desligar o motor durante paragens prolongadas, como em semáforos ou congestionamentos, voltando a arrancar automaticamente quando o condutor levanta o pé do travão. Esta tecnologia, presente não só em veículos híbridos mas também em modelos tradicionais, pode diminuir o consumo em ambiente urbano entre 4% e 10%, traduzindo-se numa poupança financeira que varia entre 340 e 2.000 euros ao longo de uma década, escreve a Leak.
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A possível retirada deste sistema insere-se numa revisão mais ampla das políticas ambientais nos EUA, que inclui o abrandamento ou eliminação de diversas regulamentações, algo que tem gerado preocupação entre ambientalistas e especialistas. Para estes, a supressão do start-stop representaria um retrocesso significativo no combate às emissões e na eficiência energética dos transportes.
Apesar do sistema poder ser desativado manualmente pelos condutores e apresentar limitações em condições de frio, mantém-se uma ferramenta eficaz no dia a dia, especialmente em áreas urbanas com muitas paragens.
Com a polémica a crescer, resta saber qual será o futuro do start-stop nos Estados Unidos e se esta decisão poderá influenciar outras regiões, incluindo a Europa, onde a luta pela mobilidade mais sustentável continua a ser prioridade.
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