Portugal

Filhos destacam legado de Balsemão que consideram eterno

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 22-10-2025

Os filhos de Francisco Pinto Balsemão destacaram hoje, numa carta aos trabalhadores da Impresa, que o legado do pai é eterno e que dele fazem parte todos os que colaboram com o grupo.

“É um dia muito difícil para todos nós. Achámos que não chegaria porque começámos a acreditar que Francisco Pinto Balsemão – pai, marido, avô, jornalista, empreendedor – era eterno. Como todos se recordarão, as frases sobre o futuro eram iniciadas pelo fundador da Impresa com a expressão ‘Se eu um dia morrer…’. Mas o seu legado é eterno. E o seu legado somos todos nós”, disseram os filhos na carta a que a Lusa teve acesso.

Mónica Balsemão, Henrique Balsemão, Francisco Maria Balsemão, Joana Balsemão e Francisco Pedro Balsemão referem o sentimento de perda que está hoje a unir todos os que trabalham no grupo de comunicação social, pois todos fizeram “parte da sua família: mulher, filhos e netos, mas também os muitos profissionais que colaboraram ou colaboram com a Impresa”.

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Para os filhos, a morte de Balsemão é também uma perda para todo o setor da comunicação social – onde foi uma “figura ímpar e visionária” -, e para o país, que destacam como “um dos pais fundadores” da democracia.

Os filhos agradecem aos trabalhadores por terem construído com Balsemão “uma história que deu ao país ventos de liberdade, com o Expresso, ventos de modernidade, com a SIC, ventos de mudança, com o pioneirismo que sempre o caracterizou”.

Em ambos os projetos, reforçam, Balsemão atuou com “liberdade, independência, rigor”.

Os filhos citam, na carta, frases do pai em que destaca o seu princípio cimeiro da luta pela liberdade, designadamente pela liberdade de expressão, e o objetivo de deixar o mundo melhor do que o encontrou.

“Francisco Pinto Balsemão deixou o mundo melhor. Cumpre-nos seguir o seu legado”, afirmam os filhos no final da carta.

Francisco Pinto Balsemão, antigo líder do PSD, ex-primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC, morreu na terça-feira aos 88 anos.

Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa, empresa que detém a estação televisiva e o jornal.

Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata (PSD). Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi, até à sua morte, membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.

O velório de Francisco Pinto Balsemão realiza-se hoje a partir das 18:30 em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos. A missa irá realizar-se na quinta-feira às 13:00, também no Mosteiro dos Jerónimos.

O velório e a missa são abertos ao público, sendo o funeral reservado à família.

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