Região

Figueira da Foz tem a água mais cara e Arganil a mais barata do distrito

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 12-01-2022

Se vive no distrito de Coimbra e quer pagar menos água, saiba que os municípios onde a fatura é mais barata são os de Arganil e Cantanhede. No extremo oposto está a Figueira da Foz e Condeixa. As diferenças entre concelhos, nas contas anuais, chegam quase aos 200 euros, alertou hoje a DECO PROTESTE. A organização da defesa do consumidor indica que Coimbra é a sexta capital de distrito com o preço da água mais barata, ainda assim é mais cara do que em Lisboa e no Porto. 

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Quando falamos no total da fatura, uma família de três ou quatro pessoas, que viva em Arganil paga, por um consumo médio de 120 metros cúbicos anuais, 210,49€; em Cantanhede o valor sobe seis euros (216,48), e em Mira, o terceiro município com a fatura mais barata, a conta é de 240,15€.

Se a mesma família morar na Figueira da Foz vai pagar 388,98€, a fatura mais alta do distrito, seguindo-se Condeixa (333,07€) e Miranda do Corvo (322,85€).

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A conta da água é composta pela soma do abastecimento, do saneamento e do serviço de resíduos sólidos urbanos (lixo).

O Notícias de Coimbra analisou as faturas dos vários concelhos do distrito ao pormenor, tendo como referência o consumo de 120 metros cúbicos por ano, e descobriu que é em Tábua que está o abastecimento mais caro. De uma fatura anual de 283,04€, mais de 202 são para este item. Exatamente o mesmo serviço em Cantanhede custa 65,25€ ( de uma fatura total de 216,48€), o valor mais baixo do distrito.

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No que se refere ao saneamento acontece o contrário, Tábua paga 33€, o valor mais baixo do distrito, e em Cantanhede quase 93€. Ainda assim, a Figueira da Foz volta a ter o recorde distrital com a taxa de saneamento mais elevada (160,4€ de uma fatura de 388,98), seguindo-se Miranda do Corvo, com uma parcela de 123,60€, de um total de 322,85€. Além dos tabuenses, quem paga menos pelo saneamento são os habitantes de Arganil (63,41€) e os de Oliveira do Hospital (80,81€).

Quanto aos resíduos sólidos, o cálculo é em função do consumo da água, “uma lógica que a DECO PROTESTE tem vindo a criticar e que, legalmente, está previsto ser alterada até 2026”, refere a organização. Neste campo, as discrepâncias não são tão grandes sendo o concelho de Mira o que apresenta o custo menor (36€) e Miranda do Corvo o maior (62,38€).

No meio termo estão os municípios que integram a APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior: Góis, Lousã, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela e Vila Nova de Poiares. A fatura total é de 289,62€ para o consumo de referência, sendo 153,73€ para abastecimento, 89,41 para saneamento e 46,47 para resíduos. Ainda assim um valor superior ao do concelho de Coimbra que é de 273,76 (127,75€ de abastecimento; 93,67€ de saneamento e 52,33€ de resíduos).

A DECO PROTESTE considera que “é necessário o reforço do quadro regulatório no que diz respeito a regras e princípios de faturação, como primeiro pilar da redução das assimetrias a nível nacional e mecanismos de harmonização tarifária. Os serviços de águas são comandados por numerosas entidades, com dimensão e capacidade financeira distintas, às quais falta um modelo de gestão com regras comuns”.

Se quer saber qual é o valor a pagar no seu município consulte o mapa interativo. 

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