A Figueira da Foz realiza esta segunda-feira, 6 de outubro, uma homenagem aos cinco pescadores falecidos, lembrando a memória daqueles que perderam a vida no mar, num dia marcado pelo luto e pela reflexão sobre os riscos da atividade marítima.
No total cinco homens perderam a vida nesta tragédia que ocorreu na Figueira da Foz. Apenas, duas pessoas foram salvas. Foi necessária quase uma semana para que as autoridades dessem por concluídas operações.
A cerimónia ganha um peso especial após o trágico naufrágio do arrastão Olívia Ribau, ocorrido em 2015.
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O alerta para a emergência foi recebido às 19:13 no Centro Coordenador de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC), através do sistema satélite COSPAS-SARSAT, a informar que a embarcação se encontrava em perigo. Pouco depois, pelas 19:18, o Capitão do Porto da Figueira da Foz assumiu de imediato a coordenação da operação local de salvamento.
Foram mobilizados elementos da Estação Salva-Vidas, uma embarcação da Polícia Marítima e, posteriormente, meios aéreos e navais, incluindo um helicóptero EH101 da Força Aérea e o Navio Patrulha Oceânico Figueira da Foz. A operação revelou-se extremamente complexa devido à posição da embarcação, virada junto aos molhes e com redes de pesca espalhadas na água, o que representava um perigo para as embarcações de salvamento.
Somente com a experiência de um operador do Instituto de Socorros a Náufragos, utilizando uma mota de água altamente manobrável, foi possível resgatar os dois tripulantes que se encontravam numa balsa salva-vidas, pelas 20:50. Infelizmente, um dos tripulantes foi recolhido sem vida pela Polícia Marítima às 21:30. Durante a noite e a manhã seguinte, as buscas prosseguiram com mergulhadores e elementos da Polícia Marítima, sem sucesso na localização do segundo tripulante desaparecido.
A Autoridade Marítima Nacional sublinhou que as operações de salvamento realizadas foram as mais adequadas dadas as condições adversas do mar e a proximidade da embarcação às rochas. Foi também destacada a ausência de coletes salva-vidas por parte dos tripulantes, fator que normalmente garante maior probabilidade de sobrevivência em situações de emergência no mar.
A cerimónia de homenagem desta tarde serviu para reforçar a memória daqueles que arriscam a vida diariamente no mar e para sublinhar a importância das medidas de segurança na atividade pesqueira.
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