Coimbra

Figueira da Foz quer mostrar que sustentabilidade se faz de pequenas e grandes ações

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 23-09-2019

A Figueira da Foz recebe de quarta-feira a sábado a primeira edição da “Figueira Sea”, uma mostra de atividades económicas assente no desenvolvimento sustentável a nível empresarial e comunitário, em pequena ou larga escala, anunciaram os promotores.

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Sob o mote “uma feira, quatro dias e muitas ideias para melhorar o planeta”, a Feira do Mar e da Sustentabilidade marca o regresso deste município do litoral do distrito de Coimbra aos certames ligados ao mar, 37 anos depois da última edição da FIMAR, evento internacional que ficou na memória da cidade.

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“Não queremos imitar a FIMAR. Se nos reportamos a esse tempo [a primeira edição decorreu em 1978 e a segunda em 1982], era uma feira incrivelmente inovadora e muito à frente do seu tempo. Hoje. não conseguimos estar tão à frente como a FIMAR esteve”, disse à agência Lusa Carlos Monteiro, presidente da autarquia da Figueira da Foz.

Por seu turno, Carlos Moita, presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF), entidade promotora, em parceria com a Câmara Municipal, afirmou que a Figueira Sea quer ir além de outros eventos do género “que são feiras festivas, assentes no ponto de vista musical e gastronómico”.

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A ACIFF, que na década de 1990 e até 2005 chegou a promover uma feira de atividades económicas, pretende que o novo certame possa consolidar-se como uma mostra da atividade económica do município, “mas assente no princípio do desenvolvimento sustentável, mostrar o que cada empresa faz de melhor”.

Ana Carvalho, vice-presidente da Câmara Municipal, lembrou a estratégia municipal “Figueira 2030, território sustentável do Atlântico”, referindo que o município possui uma incubadora do Mar e Indústria e que a autarquia, ao responder ao “desafio” da ACIFF, pretendeu promover uma feira “diferenciadora, pôr empresas da Figueira da Foz a pensar no desafio da sustentabilidade”.

A autarca evidenciou que desde as grandes unidades industriais do concelho “já habituadas a pensar o tema” do desenvolvimento sustentável, até empresas mais pequenas do setor alimentar ou de comércio e serviços “que não o têm, à partida, muito desenvolvido”, todas “aceitaram o desafio”, quer focado no produto que comercializam, quer em processos de fabrico.

O presidente da Câmara Municipal acrescentou que a sustentabilidade “trata-se com grandes e pequenas coisas”, dando, entre outros, o exemplo da concessionária de águas e saneamento e do seu projeto “de telemetria de topo, para evitar perdas de água”, mas também a integração de produtos locais – como o chouriço de Quiaios ou o sal da ilha da Morraceira – nas refeições escolares ou para venda em grandes superfícies comerciais.

“É rara a empresa que não tem aqui uma grande evidência de questões ambientais e sustentáveis”, garantiu Carlos Monteiro.

A Figueira Sea conta com 60 participantes, que ocupam 72 espaços de exposição interiores numa tenda instalada na praça do Forte, junto à foz do rio Mondego, e outros no espaço exterior.

O responsável da ACIFF notou que o evento “não se esgota nas empresas que ali estão a expor os seus produtos e valores” e que a organização criou um conjunto de atividades complementares “que possam, para os diferentes gostos, atrair gente e passar a mensagem da sustentabilidade”.

Em quatro dias há várias outras iniciativas “a decorrer em simultâneo”: apresentações e ‘workshops’, um espaço ligado à ciência “com demonstrações ao vivo”, uma regata de remo e outra de vela ou a corveta António Enes aberta a visitas da população, para além de um “complemento gastronómico” de ‘street food’ e um espaço musical “para dar palco a artistas figueirenses”, disse Carlos Moita.

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