Região

Figueira da Foz: Festa do jazz presta homenagem inédita à música portuguesa

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 23-08-2021

O Figueira Jazz Fest propõe, na Figueira da Foz, três concertos, entre 2 e 4 de setembro no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, numa segunda edição em que o jazz feito por portugueses se junta à tradição musical portuguesa.

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Joaquim Lourenço, organizador do Figueira Jazz Fest em parceria com o município da Figueira da Foz, idealizou este espetáculo onde convidou músicos do jazz para atuar com outros músicos de outras escolas, num conjunto de espetáculos inéditos.

“A ideia é juntar artistas com estéticas e interpretações completamente diferentes e juntas estas linguagens distintas. O jazz é isso. Toda a história do jazz é expansiva e resulta da fusão e encontro com outros géneros musicais”, explica.

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Esta junção de artistas dá a garantia de um espetáculo único, “são concertos inéditos que não sabemos se irão voltar a repetir-se”.

O espetáculo “Entre Paredes”, do sexteto de Bernardo Moreira (cujo disco foi editado no final de julho) abre o festival dia 2 de setembro, com a participação de Cristina Branco – que cantará Carlos Paredes, com poemas de Ary dos Santos, Pedro Tamen e outros poetas – e do guitarrista Bernardo Couto.

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A 3 de setembro, o grande auditório do Centro de Artes e Espetáculos (CAE), palco do Figueira Jazz Fest, recebe uma homenagem à música portuguesa “feita pela consagrada cantora de jazz Paula Oliveira, a quem se juntará o fadista Ricardo Ribeiro”. O comunicado da Câmara Municipal da Figueira da Foz refere que se trata de um espetáculo “inédito”, lembrando que Paula Oliveira “sempre incluiu em todos os seus discos de jazz temas do cancioneiro português”.

A encerrar o festival, a 4 de setembro, Maria Mendes, cantora portuguesa a residir nos Países Baixos, “acompanhada por um trio de consagrados músicos internacionais” apresenta os fados e as músicas tradicionais portuguesas presentes em “Close to Me”, o seu terceiro disco, nomeado para os prémios Grammy.

Entre outros temas, o concerto de Maria Mendes inclui “Barco Negro”, “Tudo Isto é Fado”, “Foi Deus” ou “Asas Fechadas” “tocados e cantados jazzisticamente”.

Joaquim Lourenço pensou em todo o espetáculo, em cada um dos dias criou “de forma quase natural”, afirma, as ligações entre artistas, no que define ser sobretudo uma homenagem à música nacional e ao que de bom se faz em Portugal.

Desta forma o tema predominante destes três dias de concertos é o “jazz na procura das raízes das músicas portuguesas, do cancioneiro português. É altura de os portugueses começarem a gostar de si próprios. Temos uma música nacional encantadora, temos o nosso cancioneiro que é muito rico harmónica e liricamente”.

Devido ao sucesso da edição anterior, Joaquim Lourenço admite que este ano a expectativa está elevada.

“Voltámos a arriscar numa segunda edição do Figueira Jazz Fest. Este ano com menos restrições”, numa altura em que a lotação dos espetáculos subiu para os 75% de capacidade.

Os espetáculos têm início marcado para as 22:00 com um custo diário de cinco euros, e um passe válido para os três dias com um valor de 10 euros. Os bilhetes podem ser adquiridos na bilheteira do CAE ou através da Ticketline.

O organizador entende que este é um valor simbólico num momento em que é necessário apoiar estes artistas que viveram períodos difíceis devido à falta de concertos na pandemia.

A edição do ano passado, realizada em plena pandemia, teve como objetivo enfrentar esse período tão difícil para os artistas e não deixar morrer a música realizada em palco, para os espectadores. A edição de 2020 revelou-se um sucesso, com os bilhetes a esgotarem em menos de 15 minutos.

Joaquim Lourenço deixa um agradecimento à Câmara Municipal da Figueira da Foz, na pessoa de Carlos Monteiro por ter apadrinhado o projeto e continuar a investir na cultura nesta segunda edição do Figueira Jazz Fest.

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