Política

Figueira da Foz considera que construção de ‘bypass’ se tornou numa obra “inevitável”

Notícias de Coimbra | 49 minutos atrás em 25-11-2025

 O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse hoje que a construção de um sistema fixo de transposição sedimentar (‘bypass’) nas praias do concelho para mitigar a erosão costeira passou a ser uma obra “inevitável”.

Na segunda-feira, o Livre conseguiu validar uma proposta no Orçamento de Estado para 2026 para “lançar o concurso público para a conceção e construção da obra do sistema fixo de transposição sedimentar ([‘bypass’] da Barra da Figueira da Foz”, cuja verba mínima disponível “é de 18,1 milhões de euros, a qual deve ser financiada através da alocação de fundos do Programa Portugal 2030”.

“Garantir o ‘bypass’ é garantir uma obra que vai permitir uma intervenção e um investimento que terá efeito a longo prazo”, disse à agência Lusa o presidente da autarquia do litoral do distrito de Coimbra, Pedro Santana Lopes, que desde o início de funções, em 2021, tem reivindicado intervenções do Estado para mitigar a erosão costeira e melhorar a navegação costeira.

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Salientando que a decisão da Assembleia da República é “ótima” para a Figueira da Foz “porque é muito necessária”, o autarca destacou o “empenho” do Ministério do Ambiente e de todos os partidos que estiveram “a favor da orla costeira, que apanha outros concelhos também”.

“Parecem coisas pequenas, mas são decisões que marcam o futuro”, sublinhou Santana Lopes, salientando que a vontade política de concretizar o ‘bypass’ “ficou firme e passou para outro patamar de aceitação com o apoio unânime no Parlamento e a aceitação do Governo de incluir a verba”.

Segundo o presidente da autarquia figueirense, o ‘bypass’ passou agora a ser “uma obra inevitável”.

O movimento cívico SOS Cabedelo também destacou hoje o consenso parlamentar para a inclusão do concurso de conceção e construção do ‘bypass’.

Para Miguel Figueira, a decisão tomada na segunda-feira na Assembleia da República, por unanimidade, reflete o “consenso político e académico” sobre a solução a adotar para evitar a erosão na costa sul da Figueira da Foz

O ativista sublinhou à agência Lusa que “este consenso reflete a consciência social que ajudámos a construir e, finalmente, está definido o caminho a adotar pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que tem de colocar em prática a solução que se impõe”.

“Sempre defendemos a solução de ‘bypass’, baseados na comunidade científica e como aplicação do melhor que se faz noutras partes do mundo, porque é impossível manter a areia na praia, se esta não estiver sempre a ser alimentada”, frisou.

No verão deste ano, uma empreitada de 21 milhões de euros alimentou artificialmente o troço costeiro a sul da Figueira da Foz (praia da Cova-Gala – Lavos), com 3,5 milhões de metros cúbicos de areia, naquela que foi a maior intervenção de alimentação artificial de praia alguma vez realizada na costa portuguesa.

Na altura, o presidente da APA, Pimenta Machado, sustentou que a intervenção iria repor a linha de costa na posição de 2010 e teria uma longevidade de cinco a sete anos, dependendo do rigor dos invernos.

“Acontece que, em três meses, o mar já nos deu razão, comendo a areia colocada nessa intervenção e a praia [Cova-Gala] está pior do que antes 

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