Coimbra

Figueira da Foz celebra os 200 anos da Revolução Liberal e homenageia Manuel Fernandes Tomás

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 25-08-2020

A Câmara Municipal da Figueira da Foz, em conjunto com a Associação Manuel Fernandes Tomás e a Associação Cívica e Cultural 24 de agosto, celebrou o Bicentenário da Revolução Liberal e homenageou, o “Patriarca da Liberdade”, Manuel Fernandes Tomás. 

A cerimónia teve início junto do túmulo de Manuel Fernandes Tomás, na praça 8 de maio, com a deposição de uma coroa de flores, pelos presidentes da Câmara Municipal, Carlos Monteiro, da Assembleia Municipal, José Duarte Pereira e de um familiar de Manuel Fernandes Tomás, Nuno Fernandes Thomaz. Tendo o momento contado, ainda, com a presença da guarda de honra dos Bombeiros Sapadores e dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz e acompanhado ao som da Sociedade Artística Musical Carvalhense (SAMC), com a interpretação da “Marcha do Vapor”. 

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De seguida, a filarmónica da Sociedade Artística e Musical Carvalhense rumou ao Centro de Artes e Espectáculos, onde se procedeu à homenagem ao “Patriarca da Liberdade”, bem como à apresentação da obra “Escritos Políticos e Discursos Parlamentares (1820-1822), do professor José Luís Cardoso.  

Para o presidente da autarquia, que usou da palavra em primeiro lugar, “são muitos os motivos que justificam e renovam a grande satisfação com que, todos os anos, a 24 de agosto, se faz questão de dizer, quem foi e quais os serviços que Manuel Fernandes Tomás prestou ao país e à cidade”, lembrando ainda que este momento deve constituir-se por uma “reflexão sobre as convicções e os valores que nortearam o Patriarca da Liberdade.” 

Por sua vez, na sua intervenção, Nuno Fernandes Thomaz, descendente na sexta geração, não hesitou em agradecer as consecutivas homenagens que se têm vindo a realizar a alguém que, “foi um exemplo que todos deveríamos seguir”. Nuno Fernandes Thomaz foi o representante escolhido de entre os 25 familiares que estiveram presentes.

Vital Moreira, orador convidado na cerimónia, referiu-se a Manuel Fernandes Tomás como o “Pai da Constituição”, evidenciado no decorrer dos vários momentos da sua vida, realçando a preparação e redação da Constituição, a sua participação na comissão que elaborou o projeto da Constituição e ainda a participação no debate constituinte subsequente.  

No que à obra apresentada diz respeito, reforçou que permite uma leitura integrada dos textos político-constitucionais e que “permite ir buscar pontas até agora soltas” da formação do grande protagonista de 1822, caracterizando-a como uma contribuição importante para o “conhecimento da personalidade e da ação política de Manuel Fernandes Tomás, nos dias que decorreram desde o início da Revolução até à aprovação final da Constituição”. 

Foi ao professor José Luís Cardoso a quem coube o encerramento da evocação histórica. Para o escritor, a obra permite uma “rápida apreensão da variedade e da riqueza das matérias que foram objeto atento de Manuel Fernandes Tomás”, alertando para valores que ainda hoje são de “validade universal.” 

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