Coimbra

Fiéis da Rainha Santa isabel desafiados em Coimbra “a fazer a paz”

António Alves | 15 minutos atrás em 10-07-2025

Saudação à Rainha Santa foi lida pelo Padre Manuel Carvalheiro, Vigário Episcopal para a Pastoral.

Neste texto, o pároco saudou o convite que lhe foi feito para saudar a padroeira da cidade nesta procissão e que é também um momento que “convida ao recolhimento e à reflexão, envolta em sabor penitencial”.

Depois, e lembrando a efeméride deste ano – 400 anos da sua canonização -, “só posso curvar-me e louvar o nosso Deus, em profunda adoração, pelas maravilhas que fez e continua fazendo em favor do
seu povo; só posso agradecer o dom da vossa vida plena de virtudes, que devotamente enalteço e tomo como modelo; só posso pedir a vossa intercessão junto de Deus, sabendo que continuais cuidando de todos nós, necessitados de cura para as nossas feridas e dores, necessitados de paz”.

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Manuel Carvalheiro aproveitou para formular algumas questões a quem marcou presença esta noite de quinta-feira na Procissão Penitencial: “Porque estais aqui esta noite? Que razões vos fizeram sair de casa? Que procurais, de verdade, no mais íntimo do vosso coração?”.

A resposta, no entender do pároco, é simples: “a paz”. E explicou porquê: “diante do que vemos acontecer no mundo, num crescendo como há muito não conhecíamos, precisamos de paz”.

Os exemplos fazem parte da sua história de vida, mas para o Vigário Episcopal é necessário retomar esse caminho conjunto de busca da paz. “Juntos, havemos de caminhar em paz e na construção da paz, que é
condição básica para que a todos seja reconhecido o direito à vida, e vida com dignidade”.

“Assolam-nos continuamente imagens aterradoras das consequências da guerra. Como vós outrora, Santa Isabel, não podemos ficar indiferentes a este flagelo que resulta do desejo primário e egoísta de domínio sobre o outro, seja a que nível for, e que, no limite, apenas mata e destrói”, disse.

Desta forma, e olhando para a “multidão” que marcou presença esta quinta-feira em Coimbra, o pároco vê “a força da paz que podemos construir, pois ela também depende de nós”.

Paz que, de acordo com Manuel Carvalheiro, tem de acontecer na família, nas relações interpessoais, nos locais de trabalho, nos espaços públicos e nas formas de comunicar e na comunicação quaisquer que sejam os suportes.

“Precisamos de ambientes virtuais mais pacíficos. Não será possível fazer das redes sociais lugares de edificação da paz, de tolerância, de acolhimento da diferença, sem ofensas e sem agressividade?”, questionou.

O Vigário Episcopal concluiu a alucação pedindo a paz “para o nosso coração e para o mundo inteiro; que terminem os muitos conflitos existentes”.

“Ajudai-nos a ser obreiros da paz. Que nenhum de nós regresse a casa esta noite, através da Rainha Santa Isabel, sem um propósito concreto de paz e Santa Isabel, nossa excelsa padroeira, nos conceda a sua bênção”, pediu.

Veja o Direto NDC com a alocução de Manuel Carvalheiro

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