Cinema

Festival Caminhos do Cinema Português em Coimbra continua a ser uma janela para o mundo (com vídeos)

Bruna Correia | 1 ano atrás em 05-11-2022

A partir deste sábado, 5 de novembro, e até dia 19, o 28º Festival Caminhos do Cinema Português ganha espaço em Coimbra com a exibição de 162 filmes entre o Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), a Casa do Cinema de Coimbra, o Auditório Salgado Zenha e o Convento de São Francisco. A caminho da 30ª edição, Tiago Santos, diretor do festival, acredita que é importante continuar a dar palco ao cinema português.

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“O cinema português tem uma franja de audiência tão baixa quanto 6,3%. Porque é que temos o paradigma ou a dificuldade em consumir cinema português? Porque há falta de formação. O que os Caminhos têm feito é apostar, desde cedo, na criação de hábitos e estimular a virem à sala de cinema e perceber como é que o cinema pode ser uma janela para o mundo. E pensar além da zona de conforto”, reforça o diretor do festival.

Da animação ao documentário, os filmes foram selecionados entre cerca de 700 candidatos. Este sábado foi marcado pela estreia de “Histórias Selvagens”, de António Campos, exibido em cópia restaurada pela Cinemateca Portuguesa, tendo sido filmada na região de Montemor-o-Velho.

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Para Tiago Santos, o festival “agrega o melhor do cinema português”, embora também dê palco à cinematografia internacional. O destaque vai para “Alma Viva”, o filme que vai representar Portugal nos Óscares, e que passa-se em Trás-os-Montes. Vai ser exibido no TAGV, a 17 de novembro. No cartaz constam também os filmes “Fogo Fátuo” (12 de novembro) e “Mato Seco em Chamas” (18 de novembro), recentemente premiados no Festival de Cinema do Rio de Janeiro.

“Haverá cinema para todos os públicos e também cinema infantil que decorre todas as manhãs na Casa do Cinema de Coimbra, com marcações abertas para grupos, sobretudo para o pré-escolar e primeiro ciclo. Há um cinema que se pode considerar juvenil com as sessões da tarde — realizadas por estudantes —, tratando-se de uma competição internacional que vai decorrer no TAGV.

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O objetivo é dar palco ao futuro do cinema português em que estudantes de escolas de todo o mundo vão participar. Portugal está representado com 22 filmes em 53, numa seleção onde estão presentes realizadores já consagrados como Leonardo Martinelli ou Jakub Prysak.

A Casa do Cinema de Coimbra é ainda palco da Seleção Outros Olhares e destacam-se os documentários “Cesária Évora”, em que é partilhado o impacto da doença bipolar na cantora cabo-verdiana, “Um Corpo Que Dança”, de Marco Martins, e ainda “Onde fica Esta Rua? ou Sem Antes nem Depois”. Já a Secção Filmes da Lusofonia é dedicada aos 200 anos da independência do Brasil, com um retrato diverso da sociedade e história brasileira.

Dia 19 de novembro o Convento de São Francisco recebe a cerimónia de entrega de prémios, com o cine-concerto “Hipnotismo ao Domicílio”, de Reinaldo Ferreira (1927) por “Vítor Torpedo & The Pop Kids”.

“Queremos que haja a dignidade daquilo que é o cinema português. E é por isso que não nos limitamos à valorização do melhor filme, mas elegemos a melhor curta ou o melhor documentário, mas também o trabalho de equipa, isto é, o melhor coordenador de figurinos, o melhor diretor técnico, entre outros”, partilha ao NDC.

Pode consultar toda a programação aqui. O bilhete pontual tem o valor de 5€, sendo que há um valor de 4€ reservado a membros, entidades parceiras, estudantes, desempregados, cineclubistas, seniores, grupos de dez ou mais pessoas e profissionais do espetáculo.

Veja os vídeos dos diretos do NDC:

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