Coimbra

Fenprof diz que faltam condições de confiança para reabertura de escolas

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 12-05-2020

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considerou hoje que não estão reunidas as condições de confiança para as escolas reabrirem parcialmente na próxima segunda-feira e anunciou a entrega de uma petição a reclamar testes de despistagem à doença covid-19.

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O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse em declarações aos jornalistas, por videoconferência, que “não há condições, do ponto de vista de confiança”, para a reabertura das escolas para os alunos dos 11.º e 12.º anos.

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A Fenprof, que hoje reuniu com o Ministério da Educação por causa da reabertura parcial das escolas, considera “importante que toda a comunidade escolar”, incluindo alunos, professores e pessoal não docente, seja testada várias vezes para ​​​dar “confiança às pessoas”.

Mário Nogueira assinalou que os professores mais velhos “correm um risco superior” de contágio.

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“O futebol não pode ter um estatuto diferente da educação”, afirmou, acrescentando que “os problemas não se resolvem na escola só com máscaras e gel” desinfetante.

O dirigente da Fenprof anunciou a entrega na terça-feira, no parlamento, de uma petição a exigir a realização de testes de despistagem à covid-19 a toda a comunidade escolar, a começar nos concelhos com mais casos de infeção.

O Ministério da Educação reuniu-se com as estruturas sindicais dos professores sobre a reabertura parcial das escolas, prevista para a próxima segunda-feira para os alunos dos 11.º e 12.º anos, que terão aulas presenciais nas 22 disciplinas exigidas para os exames nacionais de acesso ao ensino superior.

A Fenprof entende que os delegados de saúde deveriam, em cada concelho, dar um parecer prévio antes da reabertura das escolas para acautelar a retoma das aulas presenciais em segurança.

Aos professores, a estrutura sindical recomendou para que se recusem a entrar numa sala de aula se a escola não disponibilizar máscaras.

Invocando “a sobrecarga” de trabalho dos docentes, que se terão de dividir em aulas presenciais e à distância, para o caso de darem também aulas a alunos de outros níveis de ensino ou doentes, Mário Nogueira defendeu que o Ministério da Educação deveria ter permitido que as escolas, tendo autonomia pedagógica, pudessem ter encontrado “a solução” para gerir o apoio a conceder aos estudantes e o regime de aulas.

Até para salvaguardar, de acordo com o dirigente da Fenprof, que no momento da realização dos exames nacionais não houvesse desigualdade entre alunos.

A reabertura parcial das escolas na próxima semana é uma das medidas do plano de desconfinamento do país definido pelo Governo para ser aplicado faseadamente.

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