A Faz de Conto Livraria está a proceder à “Recolha de Livros para crianças refugiadas”, que não contenham texto para evitar a barreira linguística, e convida toda a comunidade de Coimbra a juntar-se à iniciativa revela a fundadora em comunicado.
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“Com tantas crianças a chegar a Portugal quase sem nada, Sofia Correia, sentiu que tinha que fazer alguma coisa” lê-se na nota à imprensa recebida pelo Notícias de Coimbra. “Depois de doar alguns livros, sabia que sozinha não conseguiria fazer muito mais, no entanto, se tivesse o apoio da cidade, dos leitores e amigos, juntos poderiam mudar muitas histórias” – explica.
A iniciativa visa “levar o livro e as histórias aos mais pequenos que estejam em situação de refugiado e às suas famílias ou acompanhantes, para que lhes proporcionem um momento de prazer através da leitura, sabendo que as histórias e a leitura partilhada têm o poder de criar memórias e laços” A Faz de Conto recorda ainda que segundo a Associação Bibliothèques Sans Frontières, “o acesso ao conhecimento permite o exercício dos direitos, a inclusão na sociedade e a emancipação de todos”.
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Os livros doados têm de ser sem texto, isto é sem palavras, só ilustração para que as crianças possam “desfrutar deles sem a barreira do idioma”.
“Uma livraria é muito mais que uma loja que vende livros. É sim um espaço cultural com o poder de unir as pessoas de uma comunidade. Espero que esta iniciativa se multiplique por outras livrarias e bibliotecas do país”, defende a livreira Sofia.
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Para participar na Recolha de Livros para crianças refugiadas, doando um livro ilustrado sem texto, basta entregar os exemplares na Faz de Conto, situada no Exploratório – Centro Ciência Viva, Rotunda das Lages, Parque Verde, em Coimbra, entre as 10h00 e as 12h30 e das 14h00 às 19h00.
Os livros recolhidos serão depois distribuídos às crianças pela Câmara Municipal de Coimbra, que está a gerir os bens doados na cidade através de um gabinete de crise, coordenado pela vereadora Ana Cortez Vaz e constituído por técnicos da CM Coimbra (de ação social e de educação), por elementos de todas as Juntas de Freguesia/Uniões de Freguesias do Município, pelo IEFP, pela Segurança Social e pelo SEF.
“Na adaptação e integração das crianças refugiadas ucranianas, o livro será certamente um elemento de conforto, um amigo, o que faz sorrir e acreditar num futuro em paz”, refere Ana Cortez Vaz, citada na nota de imprensa da Faz de Conto Livraria.
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