A Associação Nacional das Farmácias (ANF) pediu a intervenção das autoridades reguladoras para repor o acesso a máscaras e desinfetantes por parte das farmácias, que, devido à escassez provocada pela pandemia Covid-19, estão a vendê-los a preços elevados.
Em comunicado hoje divulgado, a ANF solicita a intervenção dos reguladores para normalizar o acesso “a matérias-primas e produtos de proteção individual para prevenir o contágio de Covid-19”.
As farmácias têm tido uma grande procura destes produtos, que se encontram em escassez em vários países, e por isso querem “que sejam criadas as condições a montante” para continuar a fornecê-los aos portugueses “nos seus esforços de proteção individual”.
PUBLICIDADE
Devido à escassez de máscaras e desinfetantes, e para poderem vendê-los ao público, “muitas farmácias estão a ser forçadas a praticar preços superiores ao habitual, mesmo reduzindo ou abdicando das margens de comercialização necessárias à sua sustentabilidade”, alerta Nuno Flora, secretário-geral da ANF.
“A intervenção das autoridades reguladoras é bem-vinda, sobretudo se conseguir repor o acesso às matérias-primas e produtos de que as farmácias necessitam para servir os portugueses e proteger as próprias equipas”, acrescenta.
Na quinta-feira, a Autoridade Nacional de Segurança Económica e Alimentar (ASAE) efetuou uma ação de fiscalização em farmácias para averiguar denúncias sobre aumento de preços em produtos de prevenção contra a propagação do novo coronavírus e apurar se existe o crime de especulação.
A ação de fiscalização visou averiguar eventuais casos de especulação relativamente aos preços de venda de gel desinfetante, máscaras ou luvas, confirmou à Lusa fonte oficial da ASAE.
Na última semana foram várias as denúncias partilhadas em redes sociais e divulgadas em órgãos de comunicação social sobre o disparar dos preços destes produtos, havendo em muitas farmácias anúncios colocados nas montras e nas portas a informar que estão esgotados.
A ASAE faz parte do grupo de trabalho criado pelo Governo para análise e fiscalização dos preços no mercado de revenda, farmácias e setor agroalimentar face à pandemia de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Como resultado da ação, que decorreu a nível nacional, adianta o comunicado, foram fiscalizados cerca de 28 operadores económicos, tendo sido instaurado um processo-crime pela prática de obtenção de lucro ilegítimo na comercialização de álcool gel e dois processos de contraordenação por práticas comerciais ilegais, estando ainda em análise documental cinco ocorrências, por suspeita de obtenção de lucro ilegítimo.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
You must be logged in to post a comment.