Famílias da Lousã não pagam água que usaram para apagar fogos

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 27-10-2017

As famílias das zonas do concelho da Lousã atingidas pelos incêndios deverão pagar a água da rede pública consumida de acordo com a média do último ano, anunciou hoje a Câmara Municipal.

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água

“Nas áreas afetadas pelo incêndio que teve lugar, nos dias 15 e 16 de outubro, e como forma de não prejudicar os consumidores pelo eventual consumo excessivo efetuado na defesa de pessoas e bens, a Câmara Municipal irá fazer refletir na fatura a média dos últimos 12 meses”, afirma a autarquia em comunicado.

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Para esclarecimento de eventuais dúvidas, o gabinete do presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, sugere aos munícipes o contacto através do telefone 239990370, no horário de expediente.

O incêndio que deflagrou nos arredores da vila da Lousã, junto à povoação de Vilarinho, na manhã do dia 15, afetou sete casas de primeira habitação, sobretudo na freguesia de Serpins, confirmou hoje uma fonte do gabinete.

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“Duas ou três” dessas casas foram destruídas na totalidade, disse a fonte, indicando que 12 pessoas ficaram desalojadas em consequência do fogo, as quais, “provisoriamente, estão todas com solução”, estando o seu realojamento em vias de ser “resolvido em definitivo”.

O incêndio da Lousã, no distrito de Coimbra, que começou no dia 15 e alastrou depois a Vila Nova de Poiares, Penacova e outros municípios vizinhos, consumiu cerca de 5.000 hectares de floresta e outros terrenos do concelho, tendo causado ainda cinco feridos ligeiros, na freguesia de Serpins e nos territórios da União de Freguesias de Lousã e Vilarinho e da União de Freguesias de Foz de Arouce e Casal de Ermio.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

 

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