Família ucraniana está em risco de dormir na rua em Coimbra

Uma família ucraniana, constituída por uma mulher e um filho de 16 anos, vão ser despejadas este domingo da habitação no Bairro Norton de Matos em Coimbra. O alerta é de um amigo português da família, António Vaz, que nos últimos dias tem-se desdobrado em variados contactos com entidades da cidade.

Depois de ouvir em todas que não dispunham de soluções para esta família, o homem apelou à solidariedade dos conimbricenses para desta forma evitar que a mulher e o filho passem a dormir na rua a partir deste domingo. Em declarações ao Notícias de Coimbra, António Vaz explicou que conheceu esta família na altura em que chegaram, com outros cidadãos ucranianos, a Coimbra.

“Nessa altura, criou-se uma onda de solidariedade muito grande”, referiu António Vaz. Isso permitiu encher a dispensa de alimentos e de produtos que permitiram resolver o problema alimentar destas famílias. Aos poucos, algumas das famílias mudaram para outros apartamentos, tendo ficado apenas duas famílias a morar naquela casa. Uma delas já conseguiu transferir-se para um quarto, mas a família de Margarita e filho não conseguiu até este sábado encontrar uma solução para o seu problema.

Desesperada, e porque não consegue falar ainda português, a cidadã ucraniana pediu ajuda a António Vaz. Desempregada e a receber apenas o Rendimento Social de Inserção (RSI), Margarita apenas dispõe de 150 euros mensais para poder pagar um quarto e, desta forma, ter um espaço alternativo para ficar mais o filho. Só que, para este preço, as opções são escassas e dirigem-se apenas a estudantes do ensino superior.

Perante a iminente saída da habitação onde moram há cerca de um ano, o amigo António Vaz lançou um apelo através do Notícias de Coimbra para que se encontre uma solução. “Apelo a que as pessoas deem as mãos e arranjem uma solução para esta criança e para esta mãe”, disse. Para além da sua página do Facebook, o amigo da família deixou também o seu contacto de telemóvel na entrevista que deu ao Notícias de Coimbra.

Entrevista NDC com António Fonseca Vaz