A Câmara de Cantanhede, no distrito de Coimbra, acordou com a família de Mário Silva a cedência do espólio do pintor, que ficará em exposição no futuro museu com o seu nome, na vila da Tocha.
O Município de Cantanhede, os filhos do pintor e a Junta de Freguesia da Tocha, enquanto entidade proprietária do imóvel onde vai ser instalado o novo equipamento cultural, assinaram o acordo que estabelece as condições para a constituição do Museu Mário Silva.
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O museu vai ficar localizado na Avenida Dom João Garcia Bacelar (Estrada Nacional 109), numa zona contígua ao centro da vila da Tocha.
A ideia é criar um espaço cultural que “honre o valioso legado que o artista plástico deixou consubstanciado numa obra em que a pintura assume particular relevância, mas que se estende por vários outros territórios artísticos, nomeadamente as artes gráficas (gravura, serigrafia e ilustração), a cerâmica, a escultura e a arte pública monumental”, informou hoje a Câmara Municipal de Cantanhede.
“É um privilégio o Município de Cantanhede e a Junta de Freguesia da Tocha poderem dispor do valioso património artístico do mestre Mário Silva, um pintor amplamente reconhecido, tanto pelo público, como pela crítica nacional e até internacional”, disse citada numa nota de imprensa, a presidente da Câmara de Cantanhede, Helena Teodósio.
“O potencial museológico desse património é imenso, como sabemos, e nós estamos naturalmente muito entusiasmados com o projeto que já estamos a desenvolver em torno dele, a partir da proposta arquitetónica elaborada pela Divisão de Estudos e Projetos para construção do edifício onde vai ser instalado o museu”, sublinhou.
O presidente da Junta de Freguesia da Tocha, José Manuel Cruz enalteceu “o interesse e a disponibilidade da Câmara Municipal em investir na criação de um equipamento cultural que será uma grande mais-valia, não só para a Tocha, mas também para todo o concelho e a região”.
Segundo o Município, o projeto propõe a construção de um imóvel implantado numa “parcela que no Plano de Urbanização da Tocha surge com uma parte identificada como equipamento de utilização coletiva e outra como área urbana complementar”.
A solução arquitetónica recomenda uma intervenção que resulte “num edifício marcante no contexto em que está implantado e que, simultaneamente, permita resolver alguma desarticulação existente na frente urbana do local, quer em termos de cérceas, quer ao nível do distanciamento das construções confinantes relativamente ao eixo da via”, concluiu.
A obra, que será colocada “em breve” a concurso, vai servir para homenagear o artista Mário Silva, pelo seu contributo na arte e cultura do concelho e do país.
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