Saúde

“Falsas urgências” continuam a aumentar em Coimbra

Zilda Monteiro | 1 ano atrás em 09-12-2022

As “falsas urgências” continuam a aumentar nos Hospitais da Universidade de Coimbra. O serviço tem recebido entre 550 a 600 doentes por dia e, destes, cerca de 30% são considerados “doentes não urgentes”, que deveriam ser acompanhados nos centros de saúde.

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Os dados foram revelados ao Notícias de Coimbra pelo diretor clínico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Nuno Deveza, que dá também conta que a maioria dos doentes que chega ao serviço são “muito idosos”, com idades superiores a 85 anos.

São os casos de gripe os mais frequentes, não tendo a covid-19 um impacto significativo, segundo realçou.

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O pano de contingência que o hospital prepara todos os anos, tanto no período de inverno como de verão, acautela as várias possibilidades mas, para já, apesar da grande afluência, ainda não houve necessidade de adotar medidas mais específicas, que condicionem o funcionamento normal de outros serviços.

“O plano é obrigatório há mais de 10 anos, todos os anos é atualizado e apresentado à Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), funcionando também em articulação com os cuidados de saúde primários”, explicou. Com esta articulação, pretendem, como referiu, “tentar que as falsas urgências não ocorram ao hospital, de modo a evitar sobrecarga no Serviço de Urgências”.

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Nuno Deveza defende que é preciso diminuir o número de “pulseiras verdes e azuis”, que “têm aumentado muito nos últimos anos”. Só controlando estes casos “não urgentes”, que devem ser direcionados para os centros de saúde, é que “é possível tratar mais rapidamente os doentes que são de facto urgentes” e, por outro lado, “evitar uma sobrecarga grande nos serviços e nos recursos afetos à Urgência”

Para já, assegurou que, “felizmente, ainda não teve impacto significativo na atividade programada” mas, se tal suceder, o plano de contingência prevê medidas, que podem passar, por exemplo, por alocar algumas enfermarias de especialidade para acolher doentes que tenham que ficar internados, o que poderá comprometer o seu normal funcionamento.

Mas, até ao momento, segundo o diretor clínico, não há risco de acontecer, uma vez que “o impacto está na Urgência e não no internamento”.

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