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Fábrica de iPhone na China oferece 1.340 euros aos operários depois de protestos

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 24-11-2022

A maior fábrica de iPhone do mundo, situada no centro da China, ofereceu hoje 10.000 yuans (1.340 euros) aos funcionários recém-contratados que optem por deixar as instalações, após protestos que resultaram em confrontos violentos com a polícia.

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A administração do grupo Foxconn, que monta produtos eletrónicos para muitas marcas internacionais, incluindo a norte-americana Apple, propôs o plano de pagamento aos operários, pedindo-lhes que voltem para os dormitórios, de acordo com o jornal britânico Financial Times.

A medida visa pôr fim aos protestos que culminaram em confrontos violentos com agentes de segurança. Os trabalhadores arremessaram barras de metal contra agentes da polícia e envolveram-se em cenas de pancadaria, depois de a empresa ter imposto um regime de trabalho em ‘circuito fechado’, proibindo-os de abandonar as instalações, e revisto as condições salariais.

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O pagamento visa compensar os trabalhadores recém-contratados pela despesa com a deslocação até à fábrica e as horas trabalhadas.

Aqueles que aceitarem o acordo vão receber 8.000 yuans após apresentarem demissão. Os restantes 2.000 yuans vão ser pagos após partirem nos autocarros para casa.

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Os protestos violentos irromperam após os trabalhadores terem dito que a empresa recuou na promessa de pagar bónus aos funcionários recém-contratados.

A Foxconn ofereceu salários mais altos para atrair trabalhadores, depois de um êxodo de operários, no último do mês, provocado pelo bloqueio das instalações, na sequência de um surto de covid-19.

Os funcionários, que viajaram longas distâncias para trabalhar na fábrica, reclamaram que a empresa mudou posteriormente os termos de pagamento.

O anúncio original prometia 25.000 yuans (cerca de 3.400 euros) por dois meses de trabalho, mas, após chegarem à empresa, os funcionários foram informados que teriam que trabalhar dois meses extras com salários mais baixos para receber aquele montante.

A Foxconn pediu desculpas pela “falta de comunicação”, prometendo que vai honrar os seus compromissos.

“A nossa equipa apurou que ocorreu um erro técnico durante o processo de integração dos funcionários”, justificou. “Pedimos desculpas pelo erro no sistema informático e garantimos que o pagamento vai ser feito de acordo com as condições que constam nos anúncios de recrutamento”, acrescentou.

Em comunicado, a Apple disse estar a trabalhar com a Foxconn para “garantir que as preocupações dos funcionários são atendidas”.

A oferta da Foxconn pode adicionar, no entanto, mais pressão à escassez de mão-de-obra na fábrica em Zhengzhou, após o êxodo em massa de trabalhadores, ocorrido no mês passado.

Analistas estimam que cerca de 60% de todos os iPhones são produzidos na fábrica de Zhengzhou, que emprega mais de 200.000 trabalhadores.

Os problemas ocorridos nas instalações levaram já a Apple a rever as datas para a entrega do iPhone 14 de última geração e a emitir um raro aviso aos investidores sobre os atrasos.

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