Coimbra

Extensão de saúde na Adémia vai continuar a dar consultas

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 17-12-2013

O agrupamento de centros de saúde (ACES) Baixo Mondego garantiu hoje aos utentes da extensão de saúde na Adémia, concelho de Coimbra, que se manifestavam contra o encerramento desta unidade, que ela continuará aberta.

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“Este centro vai manter-se e o [seu] médico vai continuar cá”, afirmou, ao final da manhã de hoje, na extensão de saúde da Adémia, Carlos Macedo, que falava, em “representação do diretor” do ACES do Baixo Mondego e “com o conhecimento do presidente da ARS” [Administração Regional de Saúde] do Centro, aos utentes que se manifestavam contra o fecho da unidade de saúde.

“O contrato com o médico que exerce aqui funções vai ser renovado este mês”, adiantou o representante daquela estrutura da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, considerando que “a situação este ano até é melhor” do que a verificada em 2012, ano que terminou sem que o contrato com o clínico tivesse sido renovado (a situação foi resolvida em fevereiro de 2013).

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Várias dezenas de utentes da extensão de saúde na Adémia concentraram-se hoje, a partir das 11:00, junto desta unidade, para exigirem a manutenção do seu funcionamento.

Os manifestantes temiam que o centro fosse encerrado, uma vez que “deixaram de ser marcadas consultas para janeiro” de 2014 e meses seguintes, afirmaram à agência Lusa diversos utentes.

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“Não marcaram consultas, mas deviam ter marcado e vão ser marcadas”, assegurou Carlos Macedo, quando foi questionado pelos utentes ali concentrados sobre os motivos que explicam a não marcação de consultas para janeiro.

A extensão de saúde na Adémia serve “mais de três mil pessoas” residentes nesta localidade e em Alcarraques, Cioga e Trouxemil, na periferia norte da cidade de Coimbra, sublinha José Neves, lamentando que a Junta de Freguesia (União das Freguesias de Trouxemil e Vilela) não tenha enviado ali “pelo menos um representante para dizer às pessoas o que pensa” sobre o assunto.

O encerramento da unidade obrigaria os residentes naquela zona a deslocarem-se ao centro de saúde de Eiras ou Fernão de Magalhães, em Coimbra, do qual a extensão da Adémia é associada.

“O centro de Eiras tem boas instalações, mas não temos transportes para lá”, disse à Lusa Maria José, de 65 anos, uma das pessoas a quem, na extensão de saúde da Adémia, “não quiseram marcar consulta para janeiro”.

“Para Coimbra há transportes públicos, mas custam dinheiro”, sublinhou Lurdes Paraíso, de 71 anos, considerando que “o Governo só quer prejudicar os pobres”.

Maria Armanda Franco, de 80 anos, para ir a Coimbra ou a Eiras “tem de ser de táxi, que é muito caro”, salienta, erguendo as canadianas que utiliza para se deslocar. “Isto não pode fechar, há aqui muita gente com poucos recursos económicos”, adverte, afirmando que a medida não prejudicaria só os velhos, mas também a gente nova”.

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