Coimbra

Exposição em Condeixa-a-Nova revela faceta menos conhecida de Fernando Namora

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 10-09-2020

A exposição “Fernando Namora caricaturista”, que revela uma faceta menos conhecida do escritor, é inaugurada no sábado no Museu PO.RO.S, em Condeixa-a-Nova, sua terra natal, no distrito de Coimbra, anunciou hoje a autarquia local.

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A mostra, da autoria de Paulo Marques da Silva, historiador e membro da Comissão Cultural da Casa Museu Fernando Namora, será inaugurada numa cerimónia com a presença de Osvaldo Macedo de Sousa, especialista em História de Arte na área dos cartunes, e o cartunista José Oliveira.

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“A ideia de coligir as diversas caricaturas executadas por Fernando Namora (1919-1989) e que constituem a faceta menos conhecida do grande público, entre as várias formas de expressão artística que utilizou, foi idealizada no âmbito da preparação das comemorações do centenário do escritor que, entre outros objetivos, procuraram incentivar a sua redescoberta, e mostrar ‘outras dimensões” do escritor”, explicou o município de Condeixa-a-Nova, em comunicado.

O trabalho de pesquisa do historiador Paulo Marques da Silva resultou em 181 caricaturas recolhidas e comentadas, no sentido de “apresentar essas outras dimensões ou facetas artísticas desconhecidas ou pouco conhecidas do percurso, da intervenção cultural da obra de Namora”.

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O catálogo da exposição “Fernando Namora caricaturista”, que será também apresentado no sábado, centra-se exclusivamente em caricaturas académicas desenhadas nos anos letivos de 1936/37 a 1941/42, período em que decorreu o seu curso universitário.

O catálogo apresenta também “um texto de enquadramento que corresponde a uma introdução da temática, em que se privilegia a perspetiva histórica, algumas considerações sobre a caricatura, breves notas sobre a sua história em Portugal, o impacto da ação da censura sobre a arte e a ‘relação’ de Fernando Namora com as suas caricaturas”, salienta o comunicado.

O município de Condeixa-a-Nova realça que, no último ano, foi desenvolvido um programa para assinalar o centenário do nascimento do escritor, que produziu “alguns dos mais importantes acontecimentos associados à Casa Museu Fernando Namora e ao notabilíssimo escritor”, mas que não pode ser encerrado como previsto devido à pandemia da covid-19.

Entre eles, destaca o ciclo de filmes dedicado pela Cinemateca Portuguesa, a inauguração da exposição “Fernando Namora: Itinerário de uma Vida, Geografia de uma Obra” e a apresentação do seu catálogo, e o Congresso Internacional “Fernando Namora: ‘E não sei se o mundo nasceu'”, que se desenrolou entre Lisboa, Vila Franca de Xira e Condeixa-a-Nova.

Nascido em 15 de abril de 1919 em Condeixa-a-Nova, Fernando Namora licenciou-se em 1942 em Medicina. Estreou-se na literatura em 1937, com a poesia de “Relevos”, a que se seguiu o primeiro romance, “As Sete Partidas do Mundo” (1938).

Seguiram-se cerca de 30 títulos, até perto da morte, em 1989, como “O Homem Disfarçado”, “Cidade Solitária”, “A Nave de Pedra”, “Cavalgada Cinzenta”, “Resposta a Matilde”, “Jornal sem Data”.

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