Com serpentes ao pescoço e aves raras vindas do Congo, a exposição de animais exóticos na EXPOFACIC volta a surpreender.
Na EXPOFACIC, não são apenas as atrações musicais ou gastronómicas que brilham. A exposição de animais exóticos está a roubar atenções — e corações. O Notícias de Coimbra visitou o espaço, onde encontrou visitantes curiosos (e corajosos) o suficiente para experimentar ter uma jiboia ao pescoço.
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“Testar limites é algo que eu nunca digo que não. É um bom desafio”, disse a repórter do NDC, enquanto interagia com uma jiboia de Dumeril, uma espécie rara e ameaçada. “Pode relaxar, que ela não forma união”, tranquilizou Manuel Alves, responsável pela exposição.
A espécie em questão está “praticamente extinta em estado selvagem”, explicou Manuel. “Graças ao cativeiro e aos planos de conservação desenvolvidos, esta espécie ainda existe. Caso contrário, já teria desaparecido.”
A exposição conta com um número mais reduzido de exemplares este ano, mas com diversidade mantida. “Temos a mesma quantidade de espécies, mas trazemos um, dois, quatro animais por grupo. Mantivemos artrópodes, répteis, aves, mamíferos e até clones, mas num número mais equilibrado”, detalhou.
Entre as novidades, além da jiboia, destacam-se os calaus de casco negro africano, aves raras originárias do Congo. “Temos quatro casais que fazem parte de um plano de conservação. Esta espécie está a passar para o estatuto de ‘vulnerável’ por perda de habitat”, afirmou Manuel Alves.
Também há espaço para o insólito — uma zebra domesticada, criada em cativeiro há várias gerações, pode ser vista na área exterior.
O espaço, no entanto, é mais do que uma exibição: é uma oportunidade de educação ambiental. “As cobras não são animais que nos ameacem. O instinto delas é fugir, nunca atacar, a não ser que se sintam ameaçadas. E têm um papel importantíssimo no controlo de roedores, grandes vetores de doenças para os humanos”, disse o responsável.
Segundo Manuel, são as crianças que mais facilmente interagem com os répteis. “Elas tocam primeiro… e depois tocam os pais”, observou.
Para os visitantes mais entusiastas, há ainda a possibilidade de tirar fotografias com alguns animais, como araras, águias, bufos-reais, dragões barbudos e serpentes.
A exposição pode ser visitada até 10 de agosto e promete continuar a ser um dos pontos altos da EXPOFACIC.
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