Região

EXPOFACIC: Bombeiros de Cantanhede revelam desafios e projetos para o futuro

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 26 minutos atrás em 09-08-2025

Em pleno período crítico de incêndios que têm assolado Portugal, especialmente a região centro, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede reforça a mensagem de prevenção e apela à colaboração da população.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

publicidade
publicidade

O presidente da Associação, Adérito Machado, que também detém o pelouro da Proteção Civil na Câmara Municipal de Cantanhede, explicou os principais desafios que estes soldados da paz enfrentam e o papel crucial da sensibilização.

PUBLICIDADE

“Só desde maio, 41 indivíduos já foram detidos em Portugal por esta razão”, revelou Adérito Machado. “Não consigo entender como ainda há gente com pensamentos destes, que são responsáveis por 98% dos incêndios no país.”

O dirigente sublinhou ainda a importância da justiça ser cada vez mais rigorosa e da consciência social para proteger habitações. “As queimas e queimadas estão suspensas nesta altura, mas muitas vezes as pessoas esquecem-se ou fazem-se esquecidas.”

Na EXPOFACIC, os Bombeiros de Cantanhede lançam anualmente a sua revista informativa, que dá a conhecer o trabalho da corporação, os projetos em curso e as dificuldades enfrentadas. “Queremos também sensibilizar os jovens para aderirem à causa humanitária dos bombeiros. É um desafio pessoal e o maior gesto que alguém pode ter — ajudar quem não conhece, arriscando a própria vida.”

Apesar das dificuldades no recrutamento, “cerca de 20 iniciaram recentemente a formação e 7 concluíram, reforçando a corporação”, explicou o presidente. Atualmente, o corpo conta com cerca de 100 elementos, um número considerado curto para a área de 400 km² que cobre o concelho.

“A solidariedade entre corporações é fundamental. Já fomos chamados a ajudar em incêndios noutras regiões, como Vila Real ou no Norte. Esta união é característica da missão dos bombeiros.”

A formação contínua é vista como essencial para garantir respostas eficazes. “Quem não sabe, não faz. E se não souber fazer, vale mais não fazer”, afirmou Adérito Machado, reforçando que o treino e o conhecimento são indispensáveis para atuar em situações tão imprevisíveis como incêndios florestais, onde “o controlo da temperatura, dos ventos e da humidade foge ao nosso alcance”.

A limpeza dos terrenos volta a ser um apelo forte do presidente: “Se não houver mato à volta das casas, não há combustível para o fogo. A faixa de segurança mínima deve ser de 50 metros, para garantir que as casas não correm riscos desnecessários.”

Sobre os meios materiais, a Associação está a investir cerca de 200 mil euros na aquisição de três viaturas — duas ambulâncias para socorro emergente e uma viatura para transporte não urgente de doentes — reforçando a capacidade de resposta aos pedidos da população.

“Queremos garantir que as pessoas sejam servidas com rapidez, eficácia e qualidade. Estes transportes são essenciais para assegurar o acesso a consultas e tratamentos a quem mais precisa, muitas vezes sem retaguarda familiar.”

No final, o apelo é claro: “Ajudem os bombeiros, limpem os terrenos, colaborem. São estes soldados da paz, verdadeiros heróis, que arriscam tudo para salvar vidas.”

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE