Coimbra

Executivo municipal de Coimbra reuniu-se hoje sem quatro dos seus 11 membros

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 23-03-2020

 O executivo municipal de Coimbra reuniu-se hoje sem quatro dos seus 11 membros por causa da pandemia da covid-19, apesar de a sessão ter decorrido excecionalmente no Salão Nobre para garantir a segurança dos participantes.

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A reunião da Câmara Municipal de Coimbra, excecionalmente no Salão Nobre dos Paços do Município, “garantindo o rigoroso cumprimento das recomendações de distanciamento das autoridades de saúde”, contou com a participação de sete vereadores, um dos quais se “ausentou logo após a votação das justificações de faltas”, afirma a autarquia numa nota enviada à agência Lusa.

Fechada à comunicação social e ao público, ao contrário do que é habitual, a reunião contou, de acordo com a mesma nota, com a presença dos cinco eleitos do PS, do vereador da CDU e, no período inicial, de Paulo Leitão, eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT.

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O social-democrata Paulo Leitão abandonou a sessão por ter constatado que “não estavam reunidas as condições para participação de todos os vereadores, independentemente da sua condição, ferindo assim a mesma por falta de democraticidade”.

Os vereadores do PSD tinham anunciado na sexta-feira que faltariam à reunião de hoje, defendendo que esta deveria acontecer por videoconferência e não presencialmente.

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Também os dois vereadores do movimento Somos Coimbra (SC) faltaram à reunião de hoje em protesto por esta não se realizar à distância e anunciaram que iriam pedir que a sua ausência fosse considerada justificada.

Os participantes na reunião indeferiram hoje a pretensão do SC, que só contou com o voto favorável do social-democrata.

As justificações de faltas das vereadoras Paula Pêgo (independente) e Madalena Abreu (PSD), que “apresentaram a necessidade de cuidados de familiares idosos e motivos de saúde, respetivamente, foram deferidas por unanimidade”, refere a câmara.

“Vive-se uma situação de grave crise” e “é altura de os eleitos se assumirem e não fugirem” às responsabilidades, tanto mais que as autarquias “têm um papel fundamental”, disse à agência Lusa, após a reunião, o presidente da câmara, o socialista Manuel Machado.

Esta “não é altura de debandada, mas de redobrar os esforços para encontrar soluções para os problemas e paras as pessoas”, sustentou ainda Manuel Machado.

Entre outras decisões, a câmara aprovou, por unanimidade, a adjudicação da conclusão requalificação do espaço público na margem direita do rio Mondego entre a Ponte de Santa Clara e o açude-ponte de Coimbra por cerca de 10 milhões de euros.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.

Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

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