Política

Ex-secretário de Estado diz: “Se eu fui membro do Governo foi porque o líder do Governo aceitou”

Notícias de Coimbra | 11 meses atrás em 14-06-2023

O ex-governante Hugo Mendes recusou hoje comentar as críticas feitas pelo primeiro-ministro, mas lembrou que António Costa o aceitou e disse que as condições para manter um membro no Governo se medem pelos seus resultados.

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O  das Infraestruturas, da equipa de Pedro Nuno Santos, tinha sido questionado pelo deputado do BE Pedro Filipe Soares, na comissão de inquérito à TAP, sobre as afirmações de António Costa, em 10 de abril, que considerou gravíssimo o email que Hugo Mendes enviou à presidente executiva da TAP sobre a alteração de um voo do Presidente da República, acrescentando que teria obrigado à sua demissão na hora.

Começando por recusar-se a comentar as declarações do primeiro-ministro, alegando “valores de decência”, Hugo Mendes deixou, no entanto, duas notas.

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“Se eu fui membro do Governo foi porque o líder do Governo aceitou e, já agora, o Presidente da República também”, apontou.

Hugo Mendes lembrou ainda declarações do primeiro-ministro relativamente à manutenção do ministro João Galamba no Governo.

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“Ouvi o senhor primeiro-ministro há umas semanas a dizer que as condições para um membro do Governo se manter num Governo se medem pelos resultados e os resultados da TAP são excelentes”, rematou o ex-secretário de Estado das Infraestruturas.

Em causa está um email que se tornou público na comissão parlamentar de inquérito, onde Hugo Mendes respondia à então presidente executiva da companhia aérea, que tinha sido abordada por uma agência de viagens sobre a possibilidade de alterar um voo da TAP onde viajava Marcelo Rebelo de Sousa.

Naquela resposta, Hugo Mendes afirmou que a sua intuição era aceder ao pedido, recordando que o Presidente da República tinha sido um aliado da decisão de auxiliar a empresa, mas a alteração de voo acabou por não acontecer.

Em resposta à agência Lusa, António Costa disse que não conhecia o email, mas “se tivesse conhecido, teria obrigado o ministro [das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos] a demiti-lo [Hugo Mendes], na hora”.

“É gravíssimo do ponto de vista da relação institucional com o Presidente da República e inadmissível no relacionamento que o Governo deve manter com as empresas públicas”, acentuou.

Em 05 de maio, o primeiro-ministro recusou que a manutenção do ministro das Infraestruturas seja um fator de problemas políticos para o Governo, contrapondo que o futuro de João Galamba depende dos resultados que alcançar no exercício das suas funções.

“As condições para cada um de nós exercer as suas funções medem-se desde logo pelos resultados”, defendeu.

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