Crimes

Ex-bombeiro acusado de atear sete incêndios em Águeda fica em silêncio no Tribunal

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 16-02-2022

Um antigo bombeiro de 44 anos suspeito de ter ateado sete incêndios florestais em Águeda, em julho e agosto de 2021, remeteu-se hoje ao silêncio no início do julgamento no Tribunal de Aveiro.

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O arguido, que se encontra em prisão domiciliária, está acusado de sete crimes de incêndio florestal.

Durante a primeira sessão do julgamento, foi ouvido um inspetor da Polícia Judiciária (PJ) que disse não ter dúvidas de que os incêndios naquela zona “foram colocados” pelo arguido, que, segundo o mesmo, foi bombeiro nos anos 90, tendo sido dispensado devido a problemas de alcoolismo.

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A testemunha contou ainda que o arguido e o irmão, que também chegou a ser detido pela PJ, já andavam a ser investigados desde 2017, porque havia suspeitas de que tinham ateado vários incêndios no concelho de Albergaria-a-Velha, apesar de não ter sido recolhida qualquer prova incriminatória.

No depoimento feito à PJ, o arguido terá assumido que tinha ateado um incêndio de forma acidental naquela zona há cerca de três meses, mas não assumiu nenhum dos outros incêndios que estavam a ser investigados.

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O inspetor da PJ referiu ainda que o arguido, que foi visto nas imagens de videovigilância de uma empresa existente na zona a entrar na floresta, pouco antes dos incêndios terem eclodido, alegou que ia buscar lenha, apesar de nunca ter sido visto a carregar lenha.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os incêndios que foram ateados numa zona próxima de instalações industriais, junto à residência do arguido, em Serém de Baixo, consumiram mais de 2.000 metros quadrados de mancha florestal, composta por eucaliptos, pinheiro e mato rasteiro.

O MP diz que o arguido atuou com o propósito concretizado de atear incêndios florestais, como provocou, bem sabendo que a sua conduta era apta a fazer arder vegetação florestal, como fez, podendo ainda causar perigo para instalações industriais próximas o que só não ocorreu por intervenção dos bombeiros.

O arguido foi detido, fora de flagrante delito, em agosto de 2021, tendo ficado em prisão preventiva após o primeiro interrogatório judicial, mas posteriormente passou para prisão domiciliária.

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