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Eurodeputados cumprem minuto de silêncio em memória das vítimas da guerra na Ucrânia

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 04-04-2022

 O Parlamento Europeu cumpriu hoje um minuto de silêncio em memória das vítimas da guerra na Ucrânia a pedido da presidente da instituição, que condenou “as atrocidades” cometidas pelo exército russo em Busha, classificando-as como “horríveis e vergonhosas”.

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No arranque da sessão plenária, na cidade francesa de Estrasburgo, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, foi recebida com aplausos, após ter estado em Kiev no final da semana passada para se reunir com dirigentes ucranianos como o primeiro-ministro Denys Shmyhal.

Hoje, Metsola pediu aos eurodeputados para fazerem “um minuto de silêncio em memória das vítimas de Busha e de todas as vítimas da guerra, do terror e da violência”.

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Falando sobre a visita a Kiev, a responsável destacou “o nível de ameaças que a Ucrânia enfrenta”, na sequência da invasão russa, condenando os “crimes de guerra que são perpetrados por criminosos de guerra e cuja desumanidade não pode ficar sem resposta”.

“Responsabilizaremos todos os autores” destes crimes, prometeu a líder da assembleia europeia, garantindo esforços da instituição para “oferecer mais apoio à Ucrânia”, o que “significa ajuda logística, mais ajuda humanitária e mais equipamento militar de que necessitam desesperadamente”.

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“Eles estão a lutar por nós e procuram-nos para ajudar e não os devemos ignorar”, salientou Roberta Metsola.

A responsável exortou ainda à adoção, pela União Europeia (UE), “de um novo pacote de sanções vigorosas” para visar mais oligarcas russos ligados ao Presidente Vladimir Putin, e ainda a que as empresas europeias “procurem crescimento noutro lado” de forma a que a Europa “acelere uma política de dependência zero do Kremlin”, nomeadamente ao nível dos combustíveis fósseis.

Também hoje, a presidente da Comissão Europeia anunciou uma investigação da UE a alegados crimes cometidos em Busha e noutras cidades ucranianas pelas tropas russas, salientando que os “perpetradores de crimes hediondos não podem ficar impunes”.

A organização dos direitos humanos Human Rights Watch denunciou, no domingo, que nas zonas da Ucrânia sob controlo russo foram feitas “execuções sumárias”, entre outros “abusos graves” que podem configurar crimes de guerra.

A retirada das tropas russas do norte de Kiev permitiu ver indícios de alegadas execuções sumárias de várias centenas de civis no subúrbio de Busha e noutras áreas.

A Ucrânia acusou a Rússia de genocídio, alegando ter encontrado os corpos de 410 civis na região de Kiev, atualmente sob controlo ucraniano.

Na cidade de Busha, a noroeste da capital ucraniana, cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns, de acordo com as autoridades ucranianas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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