Saúde

Estudo conclui que 80% de anúncios a alimentos vistos por crianças são produtos não saudáveis

Notícias de Coimbra com Lusa | 11 meses atrás em 01-06-2023

Mais de 80% dos anúncios a alimentos ou refrigerantes vistos nas redes sociais, em telemóveis ou tablets, por crianças entre os 3 e 16 anos envolvidas num estudo da Direção Geral da Saúde (DGS) são de produtos não saudáveis.

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O estudo-piloto, que acompanhou um grupo de 44 crianças entre os 03 e 16 anos entre 28 de fevereiro do ano passado e 20 janeiro deste ano, permitiu igualmente identificar algumas estratégias de adaptação das marcas às restrições à publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos, que continuam a permitir a exposição das crianças ao marketing alimentar.

De acordo com os dados recolhidos, que indicam que em 30% dos casos os proprietários do aparelho são os pais e em 70% as crianças, há sistemas de verificação de idade para aceder aos conteúdos dos websites de algumas marcas de alimentos e bebidas e aumentaram os anúncios que apenas fazem referência à marca, sem que seja identificado um produto alimentar específico.

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Durante o ano, as crianças estudadas foram expostas a 18.469 anúncios quando usavam os smartphones ou tablets, 8% (1.476) dos quais a alimentos e bebidas. Destes, 37% são de marcas independentes da indústria alimentar, 24% de aplicações de entrega de refeições e 11% de supermercados.

A aplicação usada no estudo, que foi instalada nos aparelhos das crianças (70%) ou dos pais (30%), recolhe dados relativos ao título do anúncio, apenas anúncios pagos, descrição do seu conteúdo, anunciante, data e hora da exposição, duração da visualização do anúncio, no caso do YouTube, bem como a plataforma através da qual a exposição ao anúncio ocorreu.

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Segundo os dados recolhidos, mais de metade dos anúncios a alimentos e bebidas foram vistos no Instagram, 56%, 17,5% no YouTube, 14,5% no TikTok, 6,4% no Twitter, 5,6% no Facebook.

O estudo analisou ainda 642 anúncios a alimentos e bebidas de marcas independentes da indústria alimentar e ‘fast food’, tendo concluído que as categorias mais publicitadas foram as bebidas refrigerantes, 29,9%, refeições pré-preparadas,19,3%, chocolates e produtos de confeitaria, 8,6%, bolos e outros produtos de pastelaria, 6,5% e sumos e néctares de fruta, 5,6%.

O estudo, desenvolvido em simultâneo em Portugal, Noruega e Reino Unido, foi promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e os dados nacionais são apresentados hoje pela DGS, no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

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