Educação

Estudar longe de casa? 6 dicas que podem poupar tempo, dinheiro e dores de cabeça 

Notícias de Coimbra | 3 horas atrás em 25-08-2025

Entrar na universidade marca o início de uma nova etapa. Para quem começa este percurso — ou para quem o acompanha de perto — há muito entusiasmo, mas também uma série de decisões práticas que não podem ficar para depois: onde viver, quanto vai custar tudo, como gerir as despesas do dia a dia.

É o início de uma fase exigente, onde a gestão do orçamento faz toda a diferença. A pensar nisso, o Doutor Finanças reuniu algumas dicas úteis para tornar este arranque mais tranquilo e ajudar a tomar decisões mais informadas — tanto para quem está a começar a vida universitária, como para quem está a apoiar esse caminho.

Encontrar a casa certa: Encontrar casa é um dos primeiros desafios para quem vai estudar fora e os preços elevados do mercado exigem planeamento atempado.

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As residências universitárias públicas são geralmente a opção mais acessível para bolseiros, mas a oferta é limitada e muitas vagas são ocupadas por estudantes dos anos anteriores. Quando não há lugar disponível, é necessário recorrer a alternativas: as residências privadas, embora mais caras, incluem frequentemente despesas como água, luz, internet e serviços como limpeza; arrendar um quarto numa casa partilhada costuma ser mais económico, mas com menos privacidade; já alugar uma casa inteira dá mais autonomia, mas também implica custos mais altos e responsabilidades acrescidas.

Para algumas famílias, a compra de um imóvel perto da universidade pode também ser uma opção, até como investimento – uma vez que resolve a questão do alojamento e ainda permite alugar outros quartos e, assim, alcançar algum equilíbrio financeiro.

Considerar o valor das propinas: As propinas no ensino superior público mantêm-se congeladas desde 2020, com um máximo anual de 697 euros para licenciaturas e mestrados integrados, pagos em prestações definidas por cada instituição.

Mas atenção: caso se mantenha o diploma aprovado pelo Governo em 2023, esses valores poderão ser restituídos mais tarde, sob a forma de prémio salarial, no momento da entrada no mercado de trabalho.
Já nas instituições de ensino superior privadas, os valores variam bastante entre instituições, sendo essencial analisar bem os custos e o que está incluído no montante total a pagar.

Bolsas de estudo e subsídios: Existem várias bolsas e subsídios que podem ajudar a aliviar o esforço financeiro. As mais conhecidas são as bolsas da Direção-Geral do Ensino Superior, mas há também apoios como o subsídio de deslocação, o complemento de alojamento ou a bolsa +Superior, atribuída a quem frequenta instituições no interior do país.

Além disso, várias entidades — como a Fundação Calouste Gulbenkian, a FCT, o Instituto Camões ou a Fundação Millennium BCP — atribuem bolsas com critérios próprios, pelo que é fundamental fazer uma pesquisa atempada e garantir a candidatura dentro dos prazos estabelecidos.

Trabalhar e estudar: Conciliar os estudos com um part-time pode ser uma boa ajuda para fazer face às despesas, mas exige equilíbrio. O primeiro ano é, por norma, o mais exigente em termos de adaptação, pelo que é importante avaliar a disponibilidade real antes de assumir um compromisso profissional.
Entre as opções de trabalho mais comuns para os estudantes estão part-times em operadoras de call-center, explicações ou baby-sitting. Algumas universidades também disponibilizam programas de alunos tarefeiros, que permitem colaborar em tarefas internas em troca de uma compensação financeira ou redução nas propinas.

Orçamentar, orçamentar, orçamentar: Gerir bem o orçamento é outro dos pilares essenciais nesta fase. Importa identificar quanto dinheiro está disponível todos os meses — seja através de mesadas, bolsas, part-times ou outros apoios — e quais são os encargos fixos, como renda, alimentação, transportes ou telecomunicações. A partir daí, é importante definir um limite para os gastos variáveis – como roupa, restaurantes ou saídas com amigos – e manter um registo regular das despesas. Ferramentas simples como uma folha de Excel ou uma aplicação de finanças pessoais podem fazer toda a diferença.

Visitar o local antes do início das aulas: Se possível, é recomendável fazer uma visita à nova cidade antes do início das aulas. Conhecer o percurso até à universidade, identificar os principais serviços, os transportes públicos disponíveis ou os supermercados mais próximos permite antecipar necessidades e facilita a adaptação nos primeiros dias, proporcionando uma maior sensação de segurança e conforto desde o início.

Estudar fora da cidade de origem implica, em muitos casos, um esforço financeiro e logístico considerável. Mas, com planeamento e informação, esta pode ser uma fase gratificante e mais tranquila — tanto para quem vai estudar como para quem está a apoiar esse percurso.

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