Coimbra

Estudantes da Escola de Enfermagem de Coimbra duplicaram atividade física durante o confinamento

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 03-06-2020

A prática de andar de bicicleta ou de caminhar pelo menos 30 minutos diariamente, ou muito próximo do exercício quotidiano, quase que duplicou entre os estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) durante o período de pandemia, revela um recente inquérito internacional sobre o bem-estar dos
discentes do ensino superior no contexto do surto epidémico de coronavírus (COVID-19 International Student Well-being Study).

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Anteriormente um costume para 33% dos 425 estudantes da instituição de Coimbra que responderam a um questionário online, em confinamento a prática de atividade física passou a ser um hábito para 59,4% daquela amostra.

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Neste estudo, liderado a nível internacional pela Universidade de Antuérpia (Bélgica) – participaram mais de 50 universidades de 27 países –, os estudantes da ESEnfC afirmam, ainda, terem reduzido os consumos de álcool e de tabaco. Os que nunca fumaram passaram de 80,7% para 90,1%, enquanto os que nunca beberam subiram de 42,8% para 79,1%.

Os resultados do questionário acerca da saúde e bem-estar dos estudantes do ensino superior durante o surto do novo coronavírus, que esteve disponível de 27 de abril a 18 de maio, confirmam que «a pandemia trouxe mudanças significativas na vida dos estudantes, desde a mudança de local da sua residência semanal ao aumento de ansiedade e stresse», referem as professoras Beatriz Xavier e Ana Paula Camarneiro, respetivamente especialistas em Sociologia e em Psicologia Clínica e da Saúde, que coordenaram o estudo na
ESEnfC e cujas conclusões preliminares agora apresentam.

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A maioria dos alunos da ESEnfC que participaram no COVID-19 International Student Well-being Study revelou-se preocupada (85,2%) com a «possibilidade de não conseguir completar com sucesso o ano letivo» e considerou «a mudança dos métodos de ensino que teve lugar» como «causadora de stresse (67,3%)».

«Antes do surto da COVID-19, cerca de 29% dos estudantes viviam com os seus pais, tendo com a pandemia ficado nessa situação 88,2% dos inquiridos», constatam as docentes da ESEnfC, ao assinalarem, de igual modo, que «o contacto com os amigos, online e offline, diminuiu em 64% dos casos desde a implementação das
primeiras medidas contra a COVID-19». Houve, ainda 70,4% dos estudantes da amostra que referiram sentir «falta de companhia e convívio».

Outro dado do questionário revela que 47,5% dos estudantes da amostra dizem estar satisfeitos com a forma como a ESEnfC implementou as medidas de proteção face à COVID-19.

Por outro lado, constata-se uma forte adesão dos estudantes às medidas implementadas pelo Governo (79% disseram segui-las estritamente), que se mostram «muito preocupados quanto a ficarem infetados e doentes,  bem como em relação aos familiares», sublinham Beatriz Xavier e Ana Paula Camarneiro.

A ESEnfC retomou, no dia 25 de maio, as aulas de prática laboratorial de cariz presencial, com grupos reduzidos de estudantes e com intervalos entre as aulas que permitam a recomendada higienização e desinfeção de laboratórios, salas de aula e equipamentos utilizados por alunos e professores.

A Escola continua a desenvolver todos os esforços para garantir a qualidade do ensino e o compromisso com os objetivos traçados nos planos de formação da comunidade estudantil.

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