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Estudantes contra e a favor da praxe concentram-se no TAGV

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 04-02-2014

069-071Estudantes contra e a favor da praxe, que se encontravam à porta do Teatro Gil Vicente, em Coimbra, na segunda-feira, onde se realizou o programa televisivo Prós e Contras, optaram pelo diálogo entre as duas partes, não se registando qualquer desacato.

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Apesar de alguns ânimos mais exaltados na discussão da praxe, em frente do Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), os estudantes dos dois lados apresentaram as suas posições sem qualquer tipo de cânticos ou gritos, observando-se apenas conversas informais em que eram apresentados os argumentos das duas partes.

Apenas os estudantes antipraxe empunhavam cartazes, onde se podia ler “amigo não praxa amigo”, ou “praxe não! Outra integração”.

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Diogo Bhovan, de 20 anos, foi ao TAGV para assistir ao programa da RTP, mas também para apresentar a sua posição a favor da praxe, considerando que “tem havido uma mediatização excessiva” do tema, que leva a que se confunda “a praxe com práticas de mau gosto”.

A praxe tem que ser realizada, segundo o estudante de Engenharia Informática, de forma a que “não extravase valores éticos e humanos”.

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“A praxe é muito agressiva. É uma prática de humilhação pública e social”, contrapôs Erick Carvalho, estudante de doutoramento no Centro de Estudos Sociais, que se manifestou contra a praxe.

Erica Dias, estudante da Escola Superior de Educação de Coimbra, deslocou-se ao TAGV para defender a praxe, por esta “ser integração”, havendo “sempre a escolha” de participar ou não.

Em relação ao esquema hierárquico deste ritual académico, a estudante de Educação Básica desvalorizou essa característica, afirmando que “as hierarquias vão sempre existir”.

Por outro lado, Hugo Sales, aluno de mestrado na Faculdade de Letras, criticou a praxe por ser “uma estrutura piramidal e de subjugação a partir do poder”, que ajuda “a um sistema tecnocrata”.

O estudante frisou que pode haver “ostracização” de quem não adere a estas práticas académicas.

Patrícia Ferreira, aluna de 1.º ano de Educação Básica, disse à Lusa que gostou de ser praxada, afirmando que esta prática “é uma boa forma de conhecer as pessoas”, havendo “um respeito mútuo entre doutores e caloiros”.

Alexandra Correia, estudante e membro da Plataforma Universidade contra a Austeridade, aproveitou a concentração de alunos para recolher assinaturas para que se realize uma Assembleia Magna de estudantes para se debaterem, entre outros temas, “abusos e situações de violência na praxe”.

O movimento necessita de recolher assinaturas representativas de 1% da comunidade estudantil da Universidade de Coimbra para convocar a Assembleia Magna, que pretende que se realize entre 11 e 15 de fevereiro.

A estudante, que se declara antipraxe, defende que devem ser criados “melhores mecanismos para se apresentarem queixas” contra abusos na praxe.

Depois de o programa começar, por volta das 22:45 de segunda-feira, mantiveram-se cerca de cem estudantes fora do TAGV, sendo que, antes da meia-noite, já não se encontrava ninguém à frente do edifício.

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