A autópsia ao corpo de Mussa Baldé, cidadão guineense de 34 anos conhecido como ‘Djutula’, confirma que a vítima tentou defender-se antes de ser brutalmente assassinada e decapitada na madrugada de quarta-feira, 30 de julho, na Baixa de Lisboa.
A investigação revela que Baldé apresentava ferimentos defensivos nos braços, indícios de uma luta pela vida.
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O crime, classificado pelo Ministério Público (MP) como homicídio qualificado, profanação de cadáver e posse de arma proibida, teve como principal suspeito Jonathan Uno, nigeriano de 29 anos e estudante de doutoramento em engenharia civil no Instituto Superior Técnico. O agressor está em prisão preventiva desde sábado.
Segundo o MP, os dois homens encontraram-se casualmente na zona do Largo de São Domingos, onde conversaram durante várias horas. Já no Pátio Salema, por volta das 5:00, iniciou-se uma discussão que terminou de forma trágica. Jonathan Uno transportava uma faca de cozinha na mochila, com a qual atacou repetidamente a vítima, atingindo-a no pescoço com múltiplos golpes, culminando na separação da cabeça do corpo, escreve o Correio da Manhã.
Após o homicídio, o arguido ocultou o corpo entre entulho e colocou a cabeça da vítima na mochila. Regressou ao quarto alugado, onde a guardou no congelador. No dia seguinte, dirigiu-se ao Hospital de São José e entregou a cabeça da vítima, sendo de imediato detido.
Jonathan Uno, que possui um percurso académico destacado com formações em engenharia civil em vários países europeus, não prestou declarações em tribunal. Está atualmente detido na cadeia anexa à sede da Polícia Judiciária, em Lisboa.
A Polícia Judiciária continua a investigar os motivos que levaram ao crime.
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