Coimbra

Estrangulamento do IP3 faz sentir falta de variante à Estrada da Beira

Rui Avelar | 4 anos atrás em 15-01-2020

Perante um estrangulamento sofrido pelo IP3, durante quase um mês, perto de Penacova, parte da sub-região de Coimbra volta a reclamar que a cidade também se ligue àquele itinerário principal através da margem esquerda do rio Mondego.

PUBLICIDADE

Os concelhos de Lousã, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo pouco beneficiam do IP3 e isso acaba por se reflectir em menor utilização da A13 (Coimbra – Tomar).

Neste contexto, a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, composta por 19 municípios, bate-se pelo estabelecimento de um protocolo com a empresa Infra-estruturas de Portugal no sentido da realização de um estudo prévio para abrir caminho à construção de uma variante à Estrada da Beira (EN17), acaba de revelar Luís Antunes, presidente da Câmara da Lousã.

PUBLICIDADE

A Estrada da Beira está, hoje em dia, obsoleta. Ora, a esperada variante permitirá melhorar a articulação da cidade com o interior do distrito conimbricense, através da margem esquerda do Mondego, potenciando o aproveitamento da A13 e do IC6 (Penacova – Tábua).

Paulo Carvalho, engenheiro civil e presidente da Associação Empresarial de Poiares, é autor de uma proposta de traçado para ligar a A13 (a partir de Coimbra) ao IP3 no nó de Miro (Penacova).

PUBLICIDADE

publicidade

Para o técnico e dirigente associativo, o empreendimento é bem mais defensável do que a extensão da A13 ao IP3 através da periferia urbana a Leste de Coimbra.

De acordo com Paulo Carvalho, a estimativa de custos ronda 80 milhões de euros, pouco mais do que a eventual construção de um viaduto sobre o Mondego, em Coimbra, para uma hipotética ligação da A13 ao IP3 (a montante de Souselas).

No Verão de 2017, oito dos 17 municípios do distrito de Coimbra preconizaram a “Alternativa Sul” do traçado da futura auto-estrada Coimbra / Viseu. João Henriques, presidente da Câmara de Poiares, foi o anfitrião de uma sessão em defesa da margem esquerda do rio Mondego para ligar Santa Comba Dão a Coimbra.

Segundo José Carlos Alexandrino, actual presidente da CIM – RC, por “necessidade de coesão territorial”, parte da sub-região de Coimbra possui estradas a menos.

Ainda em 2017, o ex-autarca Pedro Curvelo (PSD) preconizou que o traçado da auto-estrada Coimbra /Viseu devia contemplar um nó na Ponte Velha (Lousã), localizada à ilharga de Poiares.

Outrora candidato social-democrata à presidência da Câmara lousanense, o engenheiro pronunciou-se, em 2015, no âmbito da fase de um inquérito público desencadeado pela Infraestruturas de Portugal (IP).

Nesse âmbito, o ex-vereador sugeriu a margem esquerda do Mondego para implantação do itinerário da futura auto-estrada a jusante de Santa Comba Dão, em alternativa a um trajecto que implicaria nova travessia do rio a montante da ponte da Portela (Coimbra).

O ex-autarca lousanense entende que, por ocasião da implantação da A13, devia ter sido construída uma variante à Estrada da Beira entre Portela (Coimbra) e Ponte Velha.

Pedro Curvelo alega que o traçado através da margem esquerda do rio Mondego reduz a distância entre Viseu e Lisboa, melhora as acessibilidades aos concelhos da sub-região do Pinhal Interior Norte e potencia a utilização da A13 e do IC6.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE