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Estoril Praia festeja regresso à I Liga e Académica perde em Coimbra!

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 03-05-2021

O Estoril Praia está de regresso à I Liga de futebol, três anos depois da última presença, na sequência do desaire (0-1) de hoje da Académica com o Arouca, que deixou os ‘canarinhos’ com a promoção assegurada.

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Com três jornadas ainda por disputar, o ‘clube da Linha’ está também muito perto de selar a conquista do seu terceiro título de campeão do segundo escalão, depois dos êxitos nas temporadas 2003/04 e 2011/12, ao somar 66 pontos em 31 jogos, mas conta ainda nesta corrida com a concorrência do Vizela, que regista 59.

Porém, uma das primeiras duas posições está já assegurada pelo Estoril para a sua 27.ª presença entre a elite nacional, uma vez que o Arouca – que ascendeu ao terceiro lugar, de acesso ao play-off de subida com o 16.º classificado da I Liga – contabiliza apenas 56 pontos, o que impossibilita anular o fosso’ de 10 pontos para a liderança ‘estorilista’.

O feito de hoje, celebrado ‘no sofá’, é o corolário de uma época vivida quase sempre no topo da classificação, que assumiu de forma isolada, pela primeira vez, à sétima jornada. Foi o primeiro sinal efetivo de que a aposta de risco num plantel praticamente novo, com cerca de duas dezenas de reforços, e um treinador quase desconhecido, Bruno Pinheiro, iria dar bons resultados.

Depois do adeus à I Liga na época 2017/18, então sob o leme do técnico Ivo Vieira (agora no Famalicão), muito mudou no Estoril Praia. Desse plantel, não sobra um único futebolista e treinadores em apenas três anos de II Liga foram quatro: Luís Freire, Bruno Baltazar, Tiago Fernandes e Pedro Duarte, até chegar Bruno Pinheiro em 2020/21.

Aos 43 anos, o técnico abraçou no verão de 2020 – em plena pandemia de covid-19 e com um calendário ainda incerto – o seu primeiro desafio à frente de uma equipa profissional. Para trás ficaram as passagens pelas seleções jovens do Qatar, pela equipa principal do Elétrico de Ponte de Sor e pelas camadas jovens do Belenenses.

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Não tardou a vencer a desconfiança, impondo uma identidade vincada no Estoril, assente numa excelente organização defensiva, na qualidade das transições ofensivas e, sobretudo, numa grande maturidade e inteligência na leitura dos diferentes momentos do jogo.

Foi assim que se formou a equipa que, além da liderança, detém também os registos de melhor ataque (51 golos marcados, a par do Vizela) e melhor defesa (22 golos sofridos) da II Liga.

Num plantel recheado de soluções, Daniel Figueira afirmou-se definitivamente na baliza, e a defesa fez da coesão a sua maior arma, numa mistura de estilos muito eficaz, graças à sobriedade e rigor de Hugo Basto e à técnica e visão de jogo de Hugo Gomes, complementados quase sempre pela experiência dos laterais João Diogo (alternando com o espanhol Soría) e Joãozinho, o capitão de equipa.

No meio-campo sobressaíram quase sempre João Gamboa, no trabalho mais defensivo, e Crespo, como verdadeiro pêndulo da equipa, numa zona onde também Zé Valente mostrou capacidades na condução e organização de jogo e Vidigal se evidenciou pelo repentismo e capacidade de drible, além de desempenhos de qualidade dos ‘atores secundários’ Bruno Lourenço e André Franco.

Já o ataque, esteve quase sempre a cargo de Yakubu Aziz – o segundo melhor marcador da competição, com 12 golos, que teve na velocidade e na astúcia no ataque à profundidade os seus maiores trunfos – e de Harramiz, mais tecnicista e eficiente na ocupação dos espaços.

Na revisão do trajeto na prova, e depois de alcançar a liderança ao fim de sete jornadas, o Estoril sofreu um percalço em fevereiro, ao permitir a ultrapassagem da Académica, na ronda 19, num mês que ficou marcado pela sobrecarga física da equipa, devido à acumulação com os jogos da Taça de Portugal, onde chegou até às meias-finais.

Seria, contudo, uma ‘nuvem passageira’ no caminho do Estoril, que reassumiu o primeiro lugar duas jornadas depois. A confirmação da retoma tornou-se evidente com o triunfo (1-0) sobre o rival Feirense, na 23.ª jornada, em Santa Maria da Feira, que permitiu abrir a vantagem pontual sobre o então maior perseguidor e que desde essa data não parou de crescer, até se tornar agora definitiva para a ansiada promoção à I Liga.

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